​No Dia Mundial da Água, destaque é a preservação de nascentes

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Em alusão ao Dia Mundial da Água, nesta segunda-feira (22), representantes do Instituto Água e Terra (IAT) e da Sanepar participaram de lives para debater a importância da qualidade dos recursos hídricos. - Foto: Divulgação SEDEST

Profissionais do Instituto Água e Terra e da Sanepar participaram de encontros que discutiram a conservação de nascentes como principal passo para garantir água com qualidade para a futura geração. Proposta é constituir um trabalho em conjunto para mapear e recuperar 240 nascentes de Curitiba.

Para marcar o Dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira, 22 de março, profissionais do Instituto Água e Terra (IAT) e da Sanepar participaram de lives para debater a importância da qualidade dos recursos hídricos.

O diretor-presidente do (IAT), Everton Souza, representou a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo no evento online promovido pelo Ministério Público do Paraná. Com o tema “Água para o Futuro”, o encontro debateu o projeto sobre monitoramento de nascentes urbanas e discutiu o uso da água para as gerações futuras.

A proposta é constituir um trabalho em conjunto com diversos órgãos estaduais para mapear e recuperar 240 nascentes da Capital em um ano e garantir água com qualidade à população.

De acordo com o diretor-presidente, o IAT foi criado com a missão de unificar políticas públicas, entre elas a do licenciamento ambiental com a gestão das águas. “É um momento de celebração, reflexão e comprometimento. É muito importante entendermos o comportamento das nascentes para que medidas possam ser tomadas a fim de se preservar a água por meio do processo de gestão”, destacou.

O presidente afirmou, ainda, que o IAT, desde sua criação, tem a missão de gestão das águas através de Política de Gerenciamento baseada em leis nacional e estadual. “Essas políticas preveem, entre todas as ações, a integração entre pessoas e instituições. E todas essas preocupações estão dentro desse projeto proposto pelo Ministério Público do Paraná”, completou Souza.

Ainda de acordo com ele, uma das missões do Instituto é olhar a água sob todas dimensões para tomar as melhores medidas e garantir as melhores respostas à sociedade, sobre como cuidar, usar o produto de forma racional e proteger em todo o Estado.

Os recursos hídricos são destinados ao abastecimento público e esgotamento sanitário, uso industrial, irrigação agrícola, produção de energia elétrica, navegação, atividades de lazer e recreação e a preservação da vida aquática. Estima-se que no planeta há cerca de 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água. O Brasil concentra aproximadamente 12% dessa água.

No Paraná, o maior consumo de água se dá para o abastecimento público, com 44% do total, seguido da demanda industrial com 24%, agricultura 20% e pecuária, com 12%.

RIOS URBANOS – Também nesta segunda-feira, uma live foi promovida pelo Rotary Distrito 4730 e Instituto Sobreviver para debater o tema “Rios Urbanos”. Os participantes falaram sobre ações locais para os rios de Curitiba, com metas a serem atingidas até 2033.

De acordo com o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro, uma das principais causas da estiagem, a exemplo do quadro apresentado no ano passado, são as mudanças climáticas.

Para minimizar esse quadro, podem ser realizadas ações que contribuam com a recarga do lençol freático, como a proteção de nascentes, manejo adequado do solo, promovendo a infiltração da água.

“A impermeabilização das áreas urbanas propicia as cheias de grandes proporções, criando prejuízos aos ribeirinhos, possibilitando danos econômicos e de saúde para a população. Assim, o Governo do Paraná está investindo R$ 124 milhões em bacias de contenção de cheias, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional”, afirmou.

Nessas áreas também estão previstas implantação de infraestruturas de parques oferecendo áreas de lazer, ciclovias, pista de caminhada, melhora da paisagem, aliadas à educação ambiental. “O objetivo é despertar na população o sentimento de pertencimento, propiciando a colaboração na conservação do local”, completou Scroccaro.

O Governo do Estado, com o Decreto nº 6.323/2020, estabeleceu o objetivo de utilizar as cavas de extração mineral, argila e areia, as margens do Rio Iguaçu. A alternativa se apresenta como uma solução para a preservação de nascentes do Paraná.

Visando à melhoria da qualidade da água, podem ser implementadas wetlands (fitorremediação), bacias de reserva da água para abastecimento em períodos de estiagem, contenção de cheias parques lineares de lazer e turismo, além de corredores da biodiversidade.

ABASTECIMENTO – O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, também ressaltou que a crise hídrica enfrentada no Paraná há mais de um ano evidencia a necessidade da preservação dos recursos hídricos.

“A água tem um valor intrínseco que não podemos mensurar. Temos que reconhecer a importância de cada nascente, que traz uma pequena contribuição para os mananciais de abastecimento do Sistema Integrado da Sanepar e para os rios da Região Metropolitana. Sem conservar a Serra do Mar, não dá para abastecer a Região Metropolitana”, afirmou.

SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DO TURISMO

As informações são de Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo

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