29 de outubro, Viva o dia Nacional do Livro

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Por Gilmar Cardoso

“O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler” – (Mark Twain)

O Dia Nacional do Livro é celebrado anualmente em 29 de outubro desde o ano de 1967. A data foi escolhida em homenagem à Biblioteca Nacional do Brasil, fundada em 29 de outubro de 1810, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, por conta de que o Rei Dom João VI ao fugir da ameaça do francês Napoleão Bonaparte, trouxe consigo para o Brasil milhares de livros, que se tornaram o embrião da atual Biblioteca Nacional.

A comemoração que já tem 212 anos por parte das escolas públicas e particulares do país conta com atividades de incentivo à leitura de livros, promotores de conhecimento, reflexão e lazer. Através da lei federal 5.191, de 13 de dezembro de 1966, foi instituído o Dia Nacional do Livro, destacando-se a menção nas escolas sem a interrupção dos trabalhos escolares.

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Os registros dos primeiros livros foram feitos em papiro, uma lâmina retirada do caule da planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita. Tempos depois, os rolos foram substituídos pelo pergaminho, inclusive, costurado e feito de pele animal com maior resistência.

No ano de 1455, o alemão Johanes Gutenberg revolucionou o mundo a época com a mudança radical, criando uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. A primeira impressão de um livro por seu inventor foi a Bíblia. À princípio, páginas com 40 linhas e posteriormente para redução dos custos, 42 linhas em duas colunas por página. O exemplar foi escrito em latim e teve 1.282 páginas.

Em nosso país, o primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810, após a fundação da Imprensa Régia. As máquinas de impressão também passaram a confeccionar os jornais com interesses do governo português.

Atualmente, no mundo digital em que vivemos, os livros evoluíram mais uma uma vez e assumiram o formato dos livros eletrônicos, ou e-books, que circulam por todo o planeta pela internet. De acordo com uma pesquisa, realizada na Feira de Frankfurt, os livros eletrônicos já estão dentre os mais vendidos no lugar dos tradicionais livros de papel, que num futuro próximo, deverão ser totalmente substituídos.
Em que pese o progresso e a modernidade, particularmente, ainda continuo fã do velho e bom livro para ser manuseado e anotado; e apesar de toda praticidade do digital, tenho prazer do cheiro do livro novo, de sentir a textura do papel enquanto o livro é folheado, de riscar trechos preferidos à caneta com o próprio punho, e de sentir orgulho por ter uma determinada obra na estante, inclusive, com o autógrafo personalizado do autor.

De qualquer maneira, independente do gosto pessoal de cada um, seja impresso ou eletrônico, os livros continuarão cumprindo o seu importante papel, que é servir como um portal de acesso para a leitura, e levar a mente a conhecimentos e fantasias que deixam a vida muito mais interessante e feliz.

Por fim, concluo com o imortal Castro Alves (1847-1871), o Poeta dos Escravos que expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo: “Oh! Bendito o que semeia, Livros à mão cheia, E manda o povo pensar! O livro, caindo n’alma, É germe – que faz a palma, É chuva que faz o mar!’.

  • Viva o Dia Nacional do Livro. Boa leitura!

GILMAR CARDOSO, advogado, poeta, fundador da Cadeira nº 01 da Academia Mourãoense de Letras é membro do Centro de Letras do Paraná.

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