As longas filas e esperas de três a quatro horas para ingressar na Argentina via Puerto Iguazú, já fazem parte do cotidiano dos residentes e principalmente para os turistas que visitam Foz do Iguaçu. Para retornar ao Brasil, sempre se teve uma ideia de que a espera não exige altas doses de paciência.
No entanto, este cenário mudou desde a última semana de dezembro do ano passado, pelo menos em relação a fila para cruzar a Ponte da Fraternidade (Tancredo Neves), em direção à Foz do Iguaçu. Tudo por conta dos argentinos, que tradicionalmente passam as férias de verão curtindo as praias do litoral brasileiro.
Com o peso argentino fortalecido, a tendência é que mais argentinos passem as férias de verão no Brasil, repetindo uma cena que ocorre todos os anos: as longas filas para cruzar a fronteira. Eles se juntam ainda aos moradores de Puerto Iguazú, que voltaram a comprar no comércio de Foz do Iguaçu.
Quatro quilômetros
“(…) há um aumento notável no número de veículos que atravessam diariamente o Brasil pelo centro fronteiriço do Iguazú, especificamente pela ponte Tancredo Neves”, relata o El Territorio. As longas filas para sair do país ultrapassam os quatro quilómetros para veículos particulares – agências de turismo, taxistas e transportes públicos têm filas preferenciais para atravessar a fronteira.
“Ontem tentamos sair três vezes e a fila nunca diminuiu, sempre aumentou. Pensávamos que por volta do meio-dia haveria menos gente, mas não foi o caso, então decidimos suspender a saída”, disse Júlia, uma residente em Puerto Iguazú.
Tanto turistas quanto moradores locais passam horas na fila para sair e entrar no país, já que os procedimentos de imigração devem ser realizados nos dois lados da fronteira. Porém, a maioria não entra no Brasil se não pretende permanecer em Foz do Iguaçu.
Atualmente, apenas os turistas que planejam férias nas praias brasileiras realizam os procedimentos que podem realizar online. Segundo a Direcção de Migração, foram implementados reforços nos pontos turísticos mais importantes.
No entanto, não se sabe quantas tropas chegaram a Puerto Iguazú. A imprensa do país informa que pelo menos dois novos guichês foram habilitados na aduana, número que tem se mostrado insuficiente diante do aumento da demanda neste período do ano.