Um grupo de representantes de prefeituras, entidades governamentais e associações de classes visitou o espaço, que funciona como uma vitrine de tecnologias e soluções
Imagine juntar em um só poste iluminação inteligente, câmera de segurança, wi-fi e sensor de ruído de tiro? No Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, em breve 45 equipamentos com todas essas funções estarão em funcionamento e poderão ser testados por gestores para avaliar os benefícios da implantação de uma solução dessas nas cidades. E esse é apenas um dos sistemas que o Laboratório Vivo de Cidades Inteligentes reúne como vitrine para os administradores.
Na noite de quarta-feira (16) o primeiro grupo de representantes de prefeituras, entidades governamentais e associações de classes visitou o Laboratório, criado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e em funcionamento desde dezembro de 2018. A partir de agora, essas visitas serão frequentes, pois a intenção é que a demonstração de tecnologias inovadoras no espaço possa auxiliar os gestores públicos em relação aos melhores investimentos que podem ser feitos em benefício das cidades.
Além da iluminação inteligente, o Laboratório reúne, nessa primeira fase, outros quatro sistemas: os compartilhamentos de carros elétricos e bicicletas; e os monitoramentos por drones e de condições climáticas e ambientais dos espaços. Todos esses sistemas já eram desenvolvidos no PTI e foram integrados por um Centro de Controle e Operações.
A proposta do Parque Tecnológico Itaipu e da ABDI é que empresas nacionais possam trazer outras soluções para o Laboratório, que funcionará como um ambiente de testes, em que poderão ser avaliados, por exemplo, a operação de equipamentos, a interoperabilidade com outros sistemas e a cyber segurança. Nesse contexto, a “minicidade” em que as tecnologias serão postas à prova é o próprio PTI, que em 54 mil metros quadrados de área construída recebe, diariamente, cerca de 7 mil pessoas, entre estudantes, professores, empresários, colaboradores e demais profissionais.
O diretor superintendente do PTI, Jorge Augusto Callado Afonso, destacou que, em um País com mais de 5.500 municípios, os desafios e demandas são dos mais variados tipos, como nas áreas de energia, saneamento, ensino e mobilidade. “Nós, como parque tecnológico, juntamente com a ABDI, estamos aqui para subsidiar soluções e resolver demandas”, afirmou.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da ABDI, Miguel Antônio Nery, comentou que a parceria com o PTI foi realizada para instalação do Laboratório justamente por o Parque ser um “celeiro tecnológico”. “É uma área que nos dá condições de colocarmos soluções e sistemas que poderão levados, adquiridos e implantados nos municípios da região como referência para todo o País”, pontuou.
Tecnologias acessíveis
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego do município de Mercedes, no Oeste do Paraná, Sérgio Paulino Groff, afirmou que existe um mito de que as tecnologias não chegam às pequenas cidades e o Laboratório prova que isso não é verdadeiro. “Nós, enquanto pequenos municípios, estamos aqui justamente para isso: no momento em que isso é possível de ser acessado, estaremos levando imediatamente essas [tecnologias]. São benefícios que podem atender à população”, disse. Ele considerou todas as soluções apresentadas passíveis de serem implantadas em seu município.