28 amostras foram entregues pela comunidade para que a universidade fizesse o teste, e os produtos tinham percentual de álcool etílico abaixo dos 70% em 21 dos casos.
75% das amostras de álcool gel testados pelo Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (LabRMN), do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não são eficazes para prevenção contra o coronavírus.
Desde agosto, a universidade passou a oferecer, gratuitamente, a testagem de álcool gel para pessoas que estivessem com dúvidas sobre a qualidade dos produtos que usam.
Segundo a UFPR, até o final de outubro, 28 amostrar foram analisadas, e os produtos tinham percentual etílico abaixo dos 70% em 21 dos casos.
Para eliminar o novo coronavírus, o álcool antisséptico precisa ter de 68% a 72% de álcool etílico na fórmula. Abaixo disso, o álcool não é ativo. Acima desse valor, o álcool evapora antes de esterilizar as superfícies.
Em cinco amostras analisadas pelo laboratório, a graduação alcóolica ficou abaixo dos 40%.
Adulteração
Segundo o professor do Departamento de Química da UFPR e um dos docentes responsáveis pelo laboratório, Andersson Barison, a adulteração dos produtos acontece porque muitos fabricantes produzem o álcool, mas não completam as etapas de testagem.
“Achamos que tem ocorrido erro na fabricação. Ou seja, falta de pessoal qualificado para fazer o álcool em gel, pois não é só misturar álcool etílico e água. As marcas picaretas, aquelas que colocam só um pouco pra dar cheiro de álcool, são poucas”, afirmou.
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