78% das famílias brasileiras estão endividadas, aponta CNC

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De acordo com a pesquisa, o endividamento no cartão de crédito alcança 88,8% dos brasileiros com dívidas

“Os brasileiros estão se endividando para consumir o básico e o número de pessoas com dívidas só aumenta, enquanto o governo federal vê suas receitas crescerem em razão da alta da inflação. Obviamente, tem coisa errada na condução da economia brasileira”, disse o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) nesta terça-feira, 3, a respeito da pesquisa que aponta o crescimento das dívidas de famílias brasileiras na contraposição ao aumento da arrecadação federal provocado pela escalada da inflação.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) é um retrato, segundo Romanelli, da precária situação nacional e do esgarçamento do tecido social. O levantamento mostra que 77,7% das famílias brasileiras tinham dívidas em abril. É a maior proporção da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

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De acordo com a pesquisa, o endividamento no cartão de crédito alcança 88,8% dos brasileiros com dívidas. “Esse dado deixa evidente que o endividamento está ocorrendo essencialmente no consumo de curto prazo”, avalia Romanelli. “A inflação alta achata a renda das famílias e as pessoas precisam se socorrer no crédito para manter algum nível de consumo”, entende o deputado.

Inadimplência

Romanelli relata que outra preocupação é com a evolução da inadimplência, que também chegou ao maior patamar da série histórica da pesquisa da CNC. A parcela da população com contas em atraso alcançou 28,6% e 10,9% declararam que não têm condições de pagar suas dívidas. “De outra parte, vemos a arrecadação de impostos aumentar”.

78% das famílias brasileiras estão endividadas, aponta CNC

Segundo a Receita Federal, no primeiro trimestre deste ano as receitas de impostos federais somaram R$ 550 bilhões. O montante é 11% maior do que no mesmo período do ano passado e representa um recorde. “Os números mostram que foi a maior arrecadação para o período de janeiro a março de um ano, desde o início da série histórica, em 1995”, aponta Romanelli.

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