Município tem quatro entre os cinco atrativos com mais ingressos no período; números confirmam cenário de recuperação do setor após a pandemia, diz prefeito
As Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas da Natureza na fronteira do Brasil com a Argentina, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, contribuíram para consolidar em 2022 a retomada do turismo do Paraná, no pós-pandemia. A afirmação tem como sustentação o segundo Boletim de Dados Turísticos de 2023, da Secretaria Estadual de Turismo, que traz um levantamento do número de visitantes nos oito principais atrativos turísticos do Paraná nos últimos quatro anos.
No ano passado, segundo o levantamento, houve um crescimento exponencial no volume de turistas no Paraná, no comparativo aos dados de 2021. “Estes indicadores, de uma maneira geral, confirmam a crescente retomada do setor após o período mais crítico da pandemia da covid. O turismo em nossa cidade já está plenamente recuperado e com perspectivas de superação dos números anteriores à pandemia”, afirma o prefeito Chico Brasileiro.
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No ano passado, o Parque Iguaçu foi novamente o principal atrativo do Paraná, com 1.434.308 visitantes. O número é 118% maior do que o registrado em 2021 (655 mil), mas ainda abaixo dos patamares pré-pandemia (em 2019, foram 2 milhões de visitantes, recorde histórico). Criada em 1939, a unidade de conservação é um Patrimônio Mundial Natural classificado pela Unesco, tem quase 200 mil hectares e é a maior reserva remanescente de Mata Atlântica da região.
Em 2022, o parque foi novamente concedido à iniciativa privada por mais 30 anos. De acordo com o estudo de potencial realizado pela União para o processo de licitação, que prevê investimento de R$ 500 milhões em novos atrativos, a estimativa é de atingir um patamar de quatro milhões de visitantes até o final da concessão – mais que o dobro do atual. “Nossa expectativa é que, com estes investimentos, aproveitar ainda mais o potencial turístico não só de Foz do Iguaçu, mas das regiões no entorno do parque”, disse Chico Brasileiro.
Mais atrativos
Mas nem só do Parque Nacional e as Cataratas vive o turismo de Foz do Iguaçu. Dos oito principais atrativos do Estado levados em consideração no levantamento, quatro são do município e estão entre os cinco melhores classificados. O segundo do com maior número de visitantes em 2022 no Paraná é o Parque das Aves, com 693.833 ingressos no período, crescimento de 98% em relação a 2021 (349.663). Em 2019, 936.673 pessoas estiveram no local.
Em seguida, aparece a Linha Turismo de Curitiba, com 656.554 passageiros em 2022. Além do crescimento de 140% em relação a 2021 (273.446), o número é também superior aos níveis pré-pandemia (em 2019, foram 557 mil passageiros). Na sequência, em quarto e quinto no ranking de 2022, aparecem a Itaipu Binacional (418.819 turistas) e Marco das Três Fronteiras (421.559).
Os números da visitação em Foz quase dobram, se mudar o indicador de contagem dos turistas. “O perfil dos nossos visitantes mudou no pós-pandemia e hoje, uma parte considerável chega por rodovia, em automóveis próprios ou ônibus intermunicipais e interestaduais”, afirmou o prefeito. Fecham o levantamento da Setu-PR o Museu Oscar Niemeyer (358.970) de Curitiba em sexto, Torre Panorâmica de Curitiba (82.912) em sétimo e em oitavo o Parque Estadual Vila Velha (71.137 ingressos).
Reconhecimento
“Foz é nosso principal destino de turistas estrangeiros, enquanto Curitiba atrai mais visitantes do Interior do Paraná e de estados vizinhos”, diz o secretário estadual de turismo, Márcio Nunes. Que completa: “Esse turismo interno reagiu mais rápido ao fim da pandemia. As pessoas optaram por viagens mais curtas, muitas vezes deslocando-se no próprio veículo. Somente agora o turismo internacional está voltando à normalidade”.
A Secretaria Estadual de Turismo informa, em nota, que está publicando uma série de levantamentos temáticos que vão ajudar na criação e orientação de políticas públicas para o setor no Paraná. Segundo o diretor de Gestão, Sustentabilidade e Inteligência Turística, Marcelo Martini, são documentos elaborados com base nas estatísticas já existentes e monitoradas nos últimos anos. O objetivo é consolidar e ampliar esses estudos para as próximas edições, além de incorporar novos levantamentos.