Setor de gastronomia e entretenimento reage a golpes para não pagar conta e confusões nos estabelecimentos

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Muitas confusões provocadas por clientes dando golpe em estabelecimentos acabam com a mobilização das forças de segurança Foto: Aifu/Curitiba

Crimes geram de R$ 20 mil a R$ 30 mil por final de semana e feriados, só em Curitiba e região, segundo levantamento da Abrabar

O setor de gastronomia e entretimento reagiu, nesta terça-feira (02), as estratégias utilizadas por clientes para sair dos estabelecimentos sem pagar a conta, bem como destratar e humilhar os trabalhadores dos estabelecimentos, como atendentes e seguranças. No úlimo feriadão tivemos vários casos em Curitiba, alguns com repercussões na mídia tradicional e nas redes sociais, gerando uma grande confusão. Em uma situação foi com as despesas de consumo. Em outra casa, os supostos clientes criaram confusão com os seguranças.

As fraudes e as situações são praticadas de diferentes formas para causar prejuízo financeiro e imagem dos estabelecimentos, até com fuga pela saída da porta de emergência, fuga pela área de fumódromo e esquecimento de cartão ou falta de saldo bancário. As confusões são muito comuns em feriadões e ocorrem dentro e fora dos estabelecimentos tradicionais, seja em áreas turísticas e nos bairros da capital paranaense.

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Os casos comuns de clientes são tentarem se evadir, sem pagar pelos produtos consumidos ou simulação de brigas generalizadas. Em ambos os casos, os seguranças percebem a “jogada” e intervém, na tentativa de evitar o prejuízo como o custeio para aquisição das bebidas e dos alimentos que foram servidores durante a permanência deles dentro do local.

“Existem muitas práticas de clientes que usam várias formas para tentar fraudar e não pagar a conta. Já registramos casos de clientes que tentam fingir passar mal, ou sair correndo pela porta de emergência”, comentou Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar). “Tem um ‘cliente’ que já conhecido como o rei de entrar com ações contra os estabelecimentos, na tentativa de ganhar dinheiro”, frisou.

Sem violência

A Abrabar repudia toda forma de violência, “mas temos que apurar quando tem casos de legítima defesa, tem muitos que vão em grupos ou armados, agredirem e, se a casa não tem seguranças preparados para lidar com qualquer tipo de situação, as coisas saem de controle e ocorrem coisas mais graves”, disse Aguayo. A categoria, ainda de acordo com ele, na maioria esmagadora as casas sempre trabalharam com seguranças preparados e com paciência.

“Mas não podemos aceitar que alguns “clientes” abusem da boa fé das casas. Afinal de contas, os atendentes e seguranças também são trabalhadores lá, levado seu pão de cada dia para a família e as pessoas precisam aprender a respeitar. O respeito tem que ser mútuo de todos, não é porque está alcoolizada que tem o direito de ofender as pessoas”, completou o presidente da Abrabar. Os prejuízos somam de R$ 20 mil a R$ 30 mil por final de semana e feriado, segundo a entidade.

O crime de sair de bar, restaurante ou casa noturna sem pagar a conta está previsto no artigo 176 do Código Penal. Segundo a legislação, esta prática prática de “tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento” é passível de paralisações que podem ir da prisão de 15 dias a dois meses ou pagamento de multa. A Abrabar destaca que o calote nestes tipos de comercio é maior, já que não existe nenhuma garantia e por força de suas atividades são obrigados a receber e vender para pessoas que não conhecem.

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