Itaipu promove oficina sobre drogas e saúde mental para profissionais da rede de assistência de Foz do Iguaçu

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Evento vai até quinta-feira (1º) e deve reunir cerca de 100 profissionais de diferentes instituições

Profissionais de diversas instituições de saúde, educação e assistência social de Foz do Iguaçu e região participam, desta segunda (29) até quinta-feira (1º de agosto), da oficina “Políticas sobre Drogas e Saúde Mental: marcos legais, diretrizes e conceitos fundamentais”, organizada por iniciativa do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT) da Itaipu Binacional em parceria com a Guarda Mirim e a Rede Proteger.

O objetivo do encontro, que acontece no auditório do Refúgio Biológico Bela Vista e deve reunir cerca de 100 pessoas, é munir os profissionais de conhecimentos e técnicas adequadas para abordar temas relacionados a drogadição e saúde mental, especialmente no contato com adolescentes e jovens adultos. Os facilitadores são especialistas do Centro Regional de Referência para Formação em Políticas sobre Drogas da Universidade Federal do Paraná.

Na abertura do evento, o presidente da Guarda Mirim, Hélio Cândido do Carmo, agradeceu pela iniciativa da Itaipu. “Por falta de recursos, nem sempre podemos dar ao tema da saúde mental e das drogas a importância devida e o tratamento correto. Por isso, ações de formação como essa são muito importantes e ajudam muito em nosso trabalho com os jovens”, disse.

Parceiras de longa data, a Itaipu e a Guarda Mirim trabalham de forma integrada na atenção aos adolescentes participantes do PIIT. Segundo Werner Olinto Amorim Braga, gerente da Divisão de Seleção e Acompanhamento de Recursos Humanos da Itaipu, a empresa busca promover atividades desse tipo com alguma frequência. “Com a divulgação do conhecimento, todos são beneficiados”, afirmou.

Juliano Insis, coordenador da Rede Proteger, reforçou a importância de debater o tema do abuso de substâncias lícitas e ilícitas na sociedade como um todo e, especialmente, entre os jovens.

“Temos que entender o sofrimento desses jovens, que estão sendo inseridos num mundo que não compreendem e buscam formas de ajuste para suportar as pressões e demandas”, pontuou. “Os profissionais precisam se preparar para ocupar essa posição de suporte.”

Palestras
A programação da oficina traz diferentes temas, com quatro especialistas no assunto. Procurou-se formar um time de profissionais com formações em diferentes áreas, para permitir um debate variado e multidisciplinar.

A primeira palestra, na segunda-feira (29), foi da professora Dione Menz, doutoranda em Educação. Ela fez uma análise de conjuntura atual da Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e da Política Nacional sobre o Álcool, além de fazer um apanhado histórico da psiquiatria e da reforma psiquiátrica. Também falou sobre o desafio para uma política equilibrada sobre drogas.

Na terça-feira (30), a professora Prof. Katie Arguelo, doutora em Direito e Sociologia, fala sobre a política criminal sobre drogas, discursos sobre a droga como realidade socialmente construída e “A cara oculta da droga”. Na quarta-feira (31) é a vez da professora Maria Virginia Filomena Cremasco, doutora em Ciências Médicas, falar sobre psicopatologia, a função do uso de substâncias no cotidiano, o tratamento da dependência e os dispositivos terapêuticos.

Por fim, na quinta-feira (1º de agosto), o professor Altieres Frei, doutor em Ciências, encerra a oficina com considerações sobre as drogas enquanto um “dispositivo”, desafios de constituição da Rede de Atenção Psicossocial na atualidade e políticas para a juventude.

Fotos: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

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