UNILA promove evento acadêmico relacionado à África e suas Diásporas, no mês de maio

WhatsApp
Facebook

As atividades são gratuitas e abertas ao público; inscrições podem ser realizadas até 18 de maio

A III Semana de África e suas Diásporas é um evento educacional, científico e cultural organizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e é aberto a toda a comunidade de Foz do Iguaçu e região. Será realizado de 18 a 27 de maio, com atividades que serão desenvolvidas na Unidade Jardim Universitário e na Fundação Cultural. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até o dia 18, no site do evento (https://www.e-inscricao.com/semana-de-africa/unila2023), onde também consta toda a programação.

A proposta surge de uma iniciativa do público interno da Universidade, formado por africanos e afrodescendentes. Eles perceberam que na região havia uma comunidade africana e afrodiaspórica local que demandava, dentre outras ações, uma proposta de evento para no mês de maio, a fim de promover tanto no Dia da Bandeira do Haiti (18) – um marco revolucionário para as diásporas africanas -, quanto no Dia da África (25).

Leia também

Dessa forma, valoriza reflexões, livre de estereótipos, a respeito de toda diversidade possível do continente africano e de suas diásporas, através de propostas equitativas, antirracistas e transnacionais, além de uma visão integradora dos povos que pertencem a este continente plural.

O evento busca promover os saberes e as práticas equitativas, antirracistas e transnacionais que surgem a partir das relações entre o continente africano e a América Latina e o Caribe para que se transforme as mentalidades, os espaços educacionais e as instituições públicas a ponto que sejam mais pertinentes com a realidade social, a interculturalidade e a pluriversalidade científica.

Essa terceira edição acontece no momento de comemoração de ações de resistência, e também quando se completa 20 anos da Lei 10.639 no Brasil, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “história e cultura afro-brasileira” dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos fundamental e médio.

O evento busca fomentar, por meio de palestras, debates, oficinas, atividades artísticas e culturais, reflexões que valorizem toda diversidade possível do continente africano e de suas diásporas, quanto incentivar os africanos, africanistas, amefricanos, indígenas, comunidade interna e externa ao estudo e pesquisa de temas comuns e à formação continuada de professores da rede pública, na interlocução de saberes e práticas equitativas, antirracistas e transnacionais.

A importância do tema

A UNILA é uma universidade pública, gratuita e bilíngue que, ao completar 13 anos em 2023, tem ampliado o seu público-alvo através do processo seletivo internacional e em termos de diversidades culturais e étnico-raciais, especificamente, com a seleção de alunos indígenas e alunos portadores de vistos humanitários.

A III Semana de África e suas Diásporas promove a política de internacionalização da UNILA, que busca sensibilizar a comunidade acadêmica para a integração de grupos, a exemplo de indígenas, portadores de visto humanitário e refugiados (em sua maioria haitianos e africanos). E também a internacionalização da extensão e pesquisa da Universidade, como a elaboração de políticas linguísticas voltadas à promoção do bilinguismo institucional (português-espanhol) e ao ensino e difusão de outros idiomas.

A Universidade conta com estudantes de todo o Brasil e de outros países da América Latina e o Caribe, tais como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Além de países africanos como Angola, Benin, Moçambique, Guiné Bissau, Gana e Congo e dos estudantes das seguintes etnias: Guarani, Tikuna, Mapuche, Cocama, Atikum-Umã, Tukano, Waywú, Kaikang, Bakairi, Macuxi, Mayoruna, Kekama, Dessano, Pankará, Terena e Karajá.

O evento tem como apoiadores e parceiros a Fundação Cultural e o Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Foz do Iguaçu; a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegros); o Ilê Asé Baru; o coletivo Rasanbleman (UNILA) e dos grupos culturais Afoxé Ogun Funmilayó, Maracatu Kaburé, Jongo Pedra Negra, Integração Konpa e do coletivo Slam de la Frontera.

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *