O dono do Grupo Petrópolis, Walter Faria, se entregou, nesta segunda, 5, à Polícia Federal do Paraná, para cumprir prisão preventiva na Operação Lava Jato. A cervejaria está sob suspeita de lavar R$ 329 milhões para a Odebrecht. Faria era considerado foragido desde quarta, 31.
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Ao se entregar, adianta o Estadão, o executivo prestou um breve depoimento, no qual afirmou já ter prestado 12 declarações à PF em São Paulo e Brasília, e também ao Ministério Público Federal no Rio. Faria se colocou à disposição para ‘juntar as respectivas cópias’.
O dono do Grupo Petrópolis afirmou ainda que ‘já foi preso na operação Cevada, em 2005, não tendo sido denunciado naquele inquérito’. Disse ainda que responde ‘a processo na Justiça Federal de Santos/SP e na justiça estadual do Rio de Janeiro (no RJ, sobre direito do consumidor)’.
Apontado pelos investigadores como ‘grande operador de propina’ do esquema Odebrecht instalado na Petrobrás, Walter Faria também está com os bens bloqueados no valor de até R$ 1,3 bilhão – montante que ele próprio admitiu manter no exterior.
A Operação ‘Rock City’ investiga rede de propinas da Odebrecht por meio de doações eleitorais do Grupo Petrópolis.
A investigação revela que R$ 329 milhões, entre 2006 e 2014, foram lavados pela Petrópolis no interesse da Odebrecht.
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