Sergio Matarella, chefe de Estado italiano, esteve acompanhado pelo presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, e pelos diretores-gerais da hidrelétrica, Enio Verri (Brasil) e Manuel Cáceres (Paraguai)
O presidente da República da Itália, Sergio Matarella, descreveu a usina de Itaipu como um “monumento da humanidade” durante sua visita inédita à hidrelétrica neste sábado (8). A atividade marcou o encerramento da agenda oficial do mandatário italiano na América do Sul e foi conduzida pelo Paraguai, parceiro do Brasil no empreendimento.
Matarella foi recebido pelo presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, no Centro de Recepção de Visitantes na margem direita da usina (lado paraguaio). A comitiva contou com a presença dos diretores-gerais da Itaipu, Manuel María Cáceres (Paraguai) e Enio Verri (Brasil), além das primeiras-damas do Paraguai, Silvana Abdo, e da Itália, Laura Mattarella, juntamente com outras autoridades do país anfitrião. Os diretores de Itaipu, Renato Sacramento (executivo técnico) e Luis Gilberto Valdez Gonzalez (técnico), também participaram da recepção.
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A visita teria sido motivada pelo desejo do presidente italiano de conhecer de perto uma das maiores hidrelétricas do mundo em termos de geração de energia, bem como sua importância para o desenvolvimento regional.
Para Enio Verri, a visita possui grande significado, tanto para a própria usina quanto para o Brasil e o Paraguai. “Primeiramente, ao conhecer a usina, ele pôde testemunhar o que ela representa em termos de produção de energia renovável e o papel fundamental que desempenha para os países parceiros”, explicou.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu acredita que a visita do presidente italiano à usina, na qual o mandatário viu de perto a capacidade de produção de energia renovável, possa abrir novas perspectivas para o acordo em negociação entre o Mercosul e a União Europeia. Verri expressou a esperança de que a visita do chefe de Estado aumente a consciência sobre a importância do Brasil, do Paraguai e do Mercosul como um todo, levando a União Europeia a criar exigências mais adequadas à realidade desses quatro países. “O objetivo é estabelecer uma parceria benéfica tanto para a União Europeia quanto para o Mercosul”, concluiu o diretor.
Roteiro
O percurso começou no mirante da margem direita, onde os técnicos da empresa forneceram detalhes sobre o funcionamento da usina, abordando sua relevância para o turismo e o crescimento econômico dos dois países proprietários.
Em seguida, a comitiva seguiu para a Sala de Despacho de Cargas da hidrelétrica, localizada no Edifício de Produção. Nesse ponto, ocorre a operação interligada aos sistemas brasileiro e paraguaio. Posteriormente, a delegação visitou a Sala de Controle Central (CCR), considerada o “coração” da usina, onde ocorre a supervisão e inspeção de todos os equipamentos e sistemas, em turnos rotativos ininterruptos de 24 horas por dia, com revezamentos.
Mattarella encerrou sua visita à hidrelétrica descendo até o leito seco do rio Paraná (Cota 40), dentro da barragem. Ele posou para fotos na área externa da usina, onde estão localizados os condutos forçados – as grandes tubulações brancas que conectam a água do reservatório às unidades geradoras para movimentar suas turbinas.