Cobertura vacinal entre os grupos prioritários é de apenas 29%, com pouco mais de 30 mil doses aplicadas
Quase quatro meses após o inicio da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe), os números em Foz do Iguaçu seguem abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde e preocupam as autoridades. A campanha começou em 28 de março para o público prioritário e desde 15 de maio está disponível para a população em geral (acima dos seis meses).
De acordo com o Programa Municipal de Imunização (PMI), foram aplicadas até agora 30.768 doses entre os grupos prioritários, formados por 103.858 pessoas, o que corresponde a 29,6% de cobertura vacinal.
A maior preocupação é com grupos considerados de risco, como os idosos, cuja cobertura é de 47%; crianças de seis meses a menores de 5 anos (27%); gestantes (41%); puérperas (12%); pessoas com comorbidades (21%) e pessoas com deficiência (2%).
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“Das quase 22 mil crianças, pouco mais de 6 mil receberam a vacina contra a gripe. Os pais precisam ficar atentos ao calendário vacinal dos filhos, e agora podem aproveitar o período de férias escolares para atualizar as vacinas” afirma a secretária de saúde Rose Meri da Rosa.
Preocupação
Através da Vigilância em Saúde, Foz do Iguaçu faz o monitoramento de casos de síndrome gripal (SG) e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) para determinar as medidas de prevenção e de controle das doenças. No primeiro quadrimestre deste ano, já foram contabilizados 18 casos de síndrome gripal por Influenza A (H1N1), enquanto durante o ano inteiro de 2022 ocorreram apenas 4 casos.
“Em relação às síndromes respiratórias, casos graves, percebemos que o perfil dos vírus alterou-se significativamente considerando o 1º quadrimestre de 2022 e o de 2023. Em 2022, observa-se um pico acentuado de casos de Covid-19, já em 2023 nota-se que ocorreram poucos casos da doença, porém um aumento exponencial de casos de SRAG por outros vírus respiratórios, como o Vírus Sincicial Respiratório e Rinovírus, além dos casos de Infuenza A”, explica o diretor da Vigilância em Saúde, Roberto Doldan.
Ele reforça a importância de buscar a proteção e reforçar a barreira contra o vírus. “A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. O imunizante contra a Influenza pode ser aplicado com qualquer vacina do Programa Nacional de Imunizações, inclusive com as da Covid-19”, afirma.