Menino autista descobre pintura como instrumento de conexão e conquista o mundo com suas telas

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O protagonista dessa história é Augusto Mangussi, que tem se revelado como um novo e promissor talento das artes plásticas. Mesmo pintando há pouco mais de três anos, o jovem tem no currículo mais de 200 obras e sete exposições, duas delas nos Estados Unidos.

Um jovem autista, de 16 anos, que fora diagnosticado aos 18 meses, e, desde então, passou a ser estimulado por terapias comportamentais e cognitivas. A arte surgiu em 2017, em contraturno da escola, e desde então a arte passou a ser uma grande paixão de Augusto.

Por meio da arte, Augusto desenvolve inúmeras habilidades, inclusive sociais, adquirindo autoestima e confiança, traçando metas e sonhando até mesmo em fazer faculdade de Artes.

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A trajetória de Augusto no mundo das artes iniciou em 2019, quando retornou para São Paulo, passando a interagir de forma constante com às artes plástica. Em Maio, participou do concurso de arte Eyecontact Festival Of Arts for Autists, realizado em 2019 (TEAbraço – Ribeirão Preto).

Ainda em 2019, participou das 6ª e da 7ª edição da ExpoArte SP, uma famosa feira de arte em São Paulo, sendo o mais jovem expositor da feira e o único autista. Em seguida, participou do II Simpósio de DI do Instituto Indianópolis, em São Paulo. A estreia internacional aconteceu em outubro passado, Expo Arte Arizona, da Focus Brasil, que aconteceu em Phoenix, reunindo vários artistas plásticos brasileiros de renome, sendo Augusto convidado especial. Fechando o ano, Augusto participou da Semana de Arte Basel em Miami, um dos principais eventos do calendário da arte americana, na feira Red Dot, sendo o único com autismo e o mais jovem expositor a participar.

O reconhecimento de sua arte veio também por meio de uma parceria com a Grife paranaense Sui Generis Camisaria, a qual desenvolveu uma coleção com as estampas de algumas obras do Augusto.

Já em 2020, Augusto também foi destaque no 1º Congresso Internacional de Autismo realizado na Bahia, no início do mês de janeiro deste ano, e com participação confirmada no II Seminário Internacional de Autismo – Rio TEAma, previsto para os dias 27 a 29 e março, no Rio de Janeiro, participou da inauguração do Park shopping Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde ainda está em exposição de sua maior obra em dimensão, um painel de 3,00m x 1,5.

Com sua arte, Augusto passou a desenvolver um trabalho de divulgação das capacidades dos autistas, participando sempre de movimentos e eventos em Brasília, onde passou a ser símbolo da luta pelos direitos dos autistas, sendo homenageado pelo Ministério dos Direitos Humanos pela sua arte e desafios superados.

Sempre orgulhosa dos trabalhos do filho e sobretudo de sua evolução, Larissa, a mãe, diz que a arte trouxe para Augusto um ganho inestimável para sua vida. “Acho que trouxe caminhos pra ele, abriu um horizonte. Nem digo o pintar em si, mas arte de maneira geral. Através da arte ele se sentiu importante. Porque ele começou a expor, as pessoas começaram a elogiar o que ele fazia. Então é o que a arte trouxe de melhor foi habilidade social, algo que realmente é muito difícil trabalhar no autista”, diz.

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