Apresentação às 19h, na Fundação Cultural, pretende promover reflexão sobre saúde mental e abrir o diálogo sobre o mês de prevenção ao suicídio
A Companhia teatral Margaridas Inocentes da Associação Fraternidade Aliança (AFA) apresenta a peça “Suicidas Anônimos” neste sábado (02), às 19h, na Fundação Cultural. A montagem, em alusão ao “Setembro Amarelo”, propõe através da arte uma reflexão sobre saúde mental e também um olhar para a percepção sobre o sofrimento.
A ação integra a programação do mês dedicado à prevenção do suicídio. “Esta obra, cuidadosamente selecionada, aborda de maneira sensível e significativa o tema do setembro Amarelo, um mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio”, comentou Maria Auzana Nicolli, coordenadora do programa Casa da Criança da AFA.
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A montagem é encenada por adolescentes atendidos pela instituição através do projeto Casa da Criança. Eles frequentam as oficinas de teatro ofertadas pelo projeto Foz Fazendo Arte, da Fundação Cultural. Roberto, de 14 anos, é um deles. “Participo da AFA há cinco anos, hoje participo de teatro, abordamos temas que fazem parte do dia a dia, prevenção do suicídio, eu gosto muito”, comentou.
“Através do programa Foz Fazendo Arte, a instituição proporciona esta oficina de teatro que, além de seu valor artístico, assume uma relevância ainda maior ao tratar de questões tão importantes”, acrescentou Maria.
Para a coordenadora do Foz Fazendo Arte, Fabiana Zelinski, “a peça mostra que o projeto também cumpre sua dimensão social através da arte, integrando todos os elementos fundamentais para a condição humana”, expressou.
Obra
O texto propõe ao público um estado de inquietação e, ao mesmo tempo, nos faz interrogar o mundo, alcançando além da superfície aquilo que não vemos e ao mesmo tempo à luz daquilo que os fatos, em si mesmos, não revelam sobre a clareza do suicídio.
O setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento. O trabalho apresentado é profundamente sensível à riqueza e imponderabilidade das relações humanas vividas pelos personagens, elas mostram-se nas suas angústias e incertezas fatos do cotidiano.
O texto faz referência à obra do autor polonês Timochenko Webi, que transporta o público para uma experiência catártica e uma reflexão sobre o contínuo defrontar-se do eu com o outro, com os outros. “Não adianta correr tanto na vida e nem tentar esconder. Olhe sempre em sua volta, repare nos sinais silenciosos de pedido de socorro. Eles são visíveis! O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade, afinal. Somos todos pela vida!”, expressou Maria.