A infecção hospitalar é um quadro em que o paciente se contamina durante sua internação e que também pode se manifestar após a alta
O Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), de Foz do Iguaçu, no Paraná, encerrou 2022 com uma taxa de 2,5% de infecção hospitalar. O número é menor que o preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5%, e que o máximo estabelecido pela instituição, que é de 4%. Os bons resultados são fruto de um trabalho in loco e de prevenção realizado pelo Serviço de Controle de Infecção (SCI) em todos os blocos da instituição, com profissionais, pacientes e familiares.
A infecção hospitalar é um quadro em que o paciente se contamina durante sua internação e que também pode se manifestar após a alta. Os principais causadores são os micro-organismos já presentes no corpo ou então no meio ambiente, que aproveitam do organismo frágil e debilitado do enfermo para provocar o quadro.
A médica infectologista, Dra Betânia Bernardo, lembra que o ambiente hospitalar é propício para infecções, e por isso todos precisam estar atentos à prevenção. “A higienização das mãos é um ato extremamente simples, mas o mais importante para se evitar essa contaminação. Fazer a limpeza correta das mãos antes e após tocar no paciente ou em outra superfície hospitalar evita essa infecção”, destacou.
Para isso, nesta semana estão sendo instaladas placas informativas nos leitos de internação alertando que a higiene das mãos é sinônimo de proteção. Os avisos lembram os pacientes de cobrarem de todas as pessoas que entram em contato com ele, sejam familiares, visitantes ou profissionais, de usarem álcool em gel (70%) antes do toque.
Como incentivo aos colaboradores na prevenção, o SCI iniciou uma gincana interna para premiar os blocos e unidades que tiverem o maior uso de álcool por paciente/dia, que deve ser de 20ml, ao longo do trimestre. “Nós conseguimos mensurar qual é a quantidade de álcool em gel utilizado em cada bloco, e agora vamos premiar com um café especial aqueles setores que consumirem mais”, explicou a enfermeira Regiane da Silva.
A diretora técnica do HMCC, Dra Lorete Follador Roeder, comentou sobre a educação permanente dos profissionais de cada área. “Temos um trabalho incansável com as equipes para destacar a importância do cuidado para se evitar infecções hospitalares. É valoroso podermos registrar uma taxa tão baixa de infecção que é um esforço conjunto da SCI com quem atua em cada bloco, unidade de terapia intensiva, centro cirúrgico, entre outras”, falou.
Como funciona a gincana?
A enfermeira do SCI, Regiane da Silva, explica que para a gincana estão sendo avaliados a quantidade de ML de álcool em gel (70%) utilizada por paciente/dia. O primeiro bloco premiado foi a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), que utilizou média de 50 a 60 ml por paciente/dia no primeiro semestre de 2023. Na área, todos os profissionais entendem bem a importância da higienização das mãos e repassam a informação aos pais e demais visitantes. “Os pacientes são nossa prioridade. Ficamos felizes com o reconhecimento, porque cobramos muito aqui no setor, dos colaboradores, pais, visitantes, pensando no cuidado com o paciente e evitar infecções por bactérias, vírus”, falou a técnica de enfermagem, Milena Martins Wanderley.