A homologação da extensão da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que vai permitir as operações aéreas de pousos e decolagens, não é competência administrativa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Em nota, a empresa diz que a prerrogativa é da concessionária da administração do terminal aeroportuário. O trecho extra da via, que vai permitir pousos e decolagens de aeronaves de grande porte, foi inaugurado em abril de 2021, mas depende de sinalizações para viabilização entrar em operação.
Informa o GDia que a extensão da pista do Aeroporto é um antigo sonho do trade turístico de Foz do Iguaçu, que sonha em receber aeronaves de grande porte em voos diretos para países da Europa ou mesmo dos Estados Unidos.
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As obras da infraestrutura demandaram investimento superior a R$ 53,9 milhões, o maior percentual do recursos veio dos cofres da Itaipu Binacional. Nos trabalhos, a via foi ampliada de 2.194 metros para 2.858 metros.
A inauguração ocorreu no dia 7 de abril de 2021 e contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). No entanto, o prolongamento jamais foi utilizado por falta de homologação. De acordo com a assessoria da CCR Aeroportos, a continuidade da pista foi feita, mas é preciso concluir a implantação de sinalização horizontal e equipamentos de auxílio à navegação aérea pela Infraero.
Sem competência
Na última semana, a CCR Aeroportos anunciou que irá realizar, sem especificar quais, uma série de obras no terminal aeroportuário de Foz do Iguaçu. As ações e projetos serão divulgadas pela direção da empresa na tarde desta terça-feira (19), conforme reportagem do GDia veiculada na sexta-feira (15). A Infraero se manifestou sobre o tema, em nota enviada à redação nesta segunda-feira (18).
Confira a nota:
“A Infraero encaminhou para a CCR toda a documentação técnica e administrativa dos processos de homologação dos auxílios luminosos instalados no escopo da obra de ampliação da pista”, diz o informe da empresa de infraestrutura viária. “Deste modo, considerando a transferência da operação do aeroporto para a CCR, a Infraero não tem mais competência administrativa para atuar perante estes órgãos em nome do Aeroporto de Foz do Iguaçu”.
“Ainda assim”, segundo a nota, “a Infraero se coloca à disposição para fornecer outras informações, reforçando que perante as cláusulas do contrato de concessão, cabe à operadora que assumiu o aeroporto realizar todas as ações necessárias para viabilizar a operação do aeroporto”, completou o informe da Assessoria de Imprensa Infraero.
