Evento em Foz do Iguaçu discute o pescado e a segurança alimentar

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A Fish Expo 2023 reúne empresas de inovação e tecnologias de última geração em produção, gestão e processamento de pescados

Os avanços de mercado do pescado e aquicultura e a segurança alimentar centralizam os debates do International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2023 que começou nesta terça-feira (19) e vai até amanhã (quinta-feira, 21) no Convention Center Recanto Cataratas Thermas & Resort em Foz do Iguaçu. No último ano, o setor atingiu o recorde histórico de 214 milhões de toneladas, números que acenderam o alerta para futuro. A produção de animais aquáticos nos últimos três anos superou as médias históricas dos anos 2000 e 1990, comentou a CEO do IFC Brasil e Fish Expo, Eliana Panty.

Recorda o GDia que o congresso, em formato presencial e digital, terá mais de 40 conferencistas de 18 países, feira de negócios com mais de 100 estandes, rodada internacional de negócios com APEX, além de especialistas nacionais e internacionais com tradução simultânea, informa a IFC Brasil.

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O crescimento acelerado pede reflexões voltadas para um setor de pesca e aquicultura mais sustentável. “Será necessária uma transformação na forma como produzimos, gerimos, comercializamos e consumimos alimentos vindos da água”, reflete Panty.

Os dados mais recentes mostram que peixes e outros alimentos aquáticos contribuem cada vez mais para a segurança alimentar e nutricional. O consumo global de proteína vinda da água aumentou a uma taxa média anual de 3,0% desde 1961 – quase o dobro da taxa de crescimento anual da população mundial – e atingiu 20,2 kg per capita, mais que o dobro do consumo na década de 1960. No Brasil a média de consumo é de pouco mais de 9,5 kg/habitante/ano.

De acordo com a CEO, a diversidade do consumo de pescado é alta em todo o mundo, o que representa uma vantagem para o Brasil. “Nem mesmo os cenários de incerteza nas cadeias de valor e comércio globais, nem os preços de energia, insumos e rações que têm impactado diretamente nos custos frearam o crescimento da produção de pescados no Brasil. Isso já começa a projetar o país como player global”. E é este cenário que será focado durante a semana em Foz, adianta.

Panorama

O crescimento consistente na produção e exportação vem ao encontro de uma crescente demanda mundial por pescados que deve dobrar até 2050, à medida que aumenta também o poder aquisitivo da população. “Quanto maior o poder de compra, maior o consumo de proteínas. Com a projeção da FAO de crescimento de consumo, está na hora de pensar em como produzir mais e melhor com menor impacto ambiental”, alerta Panty.

No recorde histórico do ano passado, foram produzidas 178 milhões de toneladas de peixes aquáticos e 36 milhões de toneladas de algas. Os números indicam um crescimento 30% superior à média dos anos 2000 e mais de 60% acima da média dos anos 1990. O momento “pede reflexões voltadas para um setor de pesca e aquicultura mais sustentável.  Será necessária uma transformação na forma como produzimos, gerimos, comercializamos e consumimos alimentos vindos da água”, conclui a CEO.

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