Setembro Verde: Hospital Municipal de Foz é destaque na captação de órgãos

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A instituição está entre os cinco maiores captadores do Estado e primeira em notificações

A campanha para a doação de órgãos do Hospital Municipal Padre Germano Lauck não termina com o fim do Setembro Verde, no próximo sábado (30).

Para a instituição, os esforços para levar a informação e despertar a conscientização de toda a sociedade são contínuos.

Ao longo desse mês, um conjunto de ações foi realizado pelas equipes do Hospital Municipal, com o objetivo de conscientizar os cidadãos formar a sua opinião e atitude diante da opção de ser ou não ser doador de órgãos.

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Uma das chaves do sucesso na captação de órgãos no Paraná são as parcerias estratégicas entre hospitais, equipes médicas e organizações dedicadas a essa causa. O Hospital Municipal tem desempenhado um papel crucial nesse processo, colaborando com outras instituições para garantir que órgãos sejam captados com eficiência.

Os números falam por si só. De janeiro a junho de 2023, segundo o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, a instituição realizou 17 captações de múltiplos órgãos, ficando entre os cinco maiores captadores do Estado e o primeiro em notificações representando um marco importante na
área de transplantes.

Em 2022, foram realizadas 17 captações que beneficiaram, e até mesmo garantiram, a vida de pessoas que estavam na fila à espera de um transplante. Em 2021, foram realizadas 12 captações.

Esse aumento ano a ano é resultado de uma maior conscientização pública e da eficiência do sistema de captação e distribuição de órgãos.

“Essa conquista reflete o compromisso contínuo de toda uma equipe multidisciplinar da instituição e da generosidade dos familiares, que permitiram que outras pessoas tivessem a chance de viver uma vida plena. São histórias e histórias de esperança”, pontuou o diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Dr. André Di Buriasco.

Sobre as filas

No Paraná, a fila de transplantes apresenta uma demanda significativa por diversos órgãos e tecidos vitais. Atualmente, há 2.898 pessoas aguardando, sendo 1.593 esperando por um rim, 160 para transplante de fígado, 21 para transplante de coração, 17 por um transplante de pulmão, 19 aguardando pela chance de um transplante de pâncreas e rim e 1.088 pessoas na fila para córneas.

É essencial destacar que esses números refletem a urgente necessidade de doadores e a importância da conscientização sobre a doação de órgãos para salvar vidas. Em todo o Brasil 31.541 pessoas aguardam por transplantes, conforme relatado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

O aumento no número de doadores pode proporcionar uma chance de vida a muitas pessoas que enfrentam condições médicas críticas e dependem da generosidade de doadores. A colaboração da sociedade e o apoio às políticas de transplantes são fundamentais para atender a essa demanda e proporcionar uma segunda chance de vida para aqueles que aguardam ansiosamente por um transplante.

Para ser um doador

No Brasil, para ser doador, não é preciso deixar nada por escrito, e sim comunicar o desejo à família pois somente os familiares podem autorizar a doação. Não há documentos em vida que permitam a captação de órgãos sem autorização dos familiares em caso de morte encefálica.
Há dois tipos de doador – o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. Pessoas menores de 21 anos precisam de autorização dos responsáveis.

O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

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