Artistas do Foz Fazendo Arte se destacam em Mostra de Hip Hop “Pixain Battle”

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Pela primeira vez, iguaçuenses sobem ao pódio do maior evento de batalhas de hip hop do país, com uma mulher na final da seletiva que aconteceu em Toledo, no último final de semana

Pela primeira vez, os artistas de dança de rua urbana de Foz do Iguaçu foram destaque na Mostra de Hip Hop “Pixain Batlle”, que reuniu mais de 500 artistas, nos dias 04 e 05 de novembro, em Toledo/PR. O dançarino Pedro Sugamosto (Kape) conquistou o terceiro lugar na modalidade Open Style, e o quarto lugar ficou com o iguaçuense, Renan Costa Araujo (Kel).

Além deles, o artista Marcus dos Santos Anzoategui (Harry Big) também se destacou no break, com a quarta colocação e Ingrid da Silva coroou a final do Pixain Battle, sendo a primeira iguaçuense a participar da seletiva final do maior evento de batalhas de hip hop do país.

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Os quatro artistas compuseram a comitiva de Foz do Iguaçu que participou do evento junto a dançarinos de Toledo, Cascavel, Pato Branco, Laranjeiras do Sul, Capitão Leônidas Marques, Fazenda Rio Grande, Curitiba e Florianópolis.

Foz Fazendo Arte

Os dançarinos compõem o coletivo Sioux Crew, um grupo de dança de rua formado por jovens iguaçuenses. Dois deles, a Ingrid da Silva e o Pedro também participam das oficinas de dança urbana ofertadas pelo projeto Foz Fazendo Arte, da Fundação Cultural, em parceria com o Centro de Juventude. As aulas acontecem no Teatro Barracão e no Centro de Convivência do Idoso.

“É uma grande vitória pra mim e para minha crew, sou o primeiro iguaçuense a conquistar o pódio no pixain e não pretendo parar por aí, quero conquistar muito ainda. Eu danço street dance há cerca de um ano, mas sempre tive a paixão pela dança e pelo hip hop. Gostaria de agradecer ao meu professor Bianor Dias, por acreditar em mim e continuar a me ensinar, e agradecer minha mãe por me dar apoio. Depois dessa vitória passei a acreditar na minha dança”, celebrou Kape.

Para o dançarino e arte-educador, Bianor Dias Junior, o resultado é uma vitória para a cultura hip hop da cidade e para o movimento artístico e cultural que expressa o engajamento juvenil e social.

“Hoje nos tornamos parte da história desses jovens, assim como eles se tornam parte da história de Foz do Iguaçu. Tivemos a primeira iguaçuense convidada para o Pixain, em um ambiente dominado por homens e também tivemos o Pedro, o primeiro iguaçuense no pódio do Pixain, esses dois têm um potencial pronto pra ser descoberto, minha missão é oportunizar que esse potencial floresça e isso é apenas o começo”, enfatizou o dançarino e arte-educador do Foz Fazendo Arte, Bianor Dias Junior.

De acordo com Bianor, o projeto foi fundamental para fortalecer a dança de rua e possibilitar novos vôos. “Desde a fundação do coletivo, nossa missão é elevar o nível de danças urbanas em Foz, e quando surgiu o Foz Fazendo Arte, esse objetivo se expandiu, e pude focar mais nos nossos talentos, parte do nosso grupo faz parte das oficinas e hoje estamos fazendo história juntos, colhendo os resultados”, afirmou.

O arte-educador também já abrilhantou Foz do Iguaçu internacionalmente, com a primeira colocação na modalidade solo do Festival de Danças do Mercosul, em Puerto Iguazu/AR, no ano passado.

Projeto
Em pouco mais de um ano em funcionamento, o Foz Fazendo Arte ultrapassou os seis mil atendimentos mensais em mais de 80 polos. As parcerias para a realização foram firmadas com Secretarias Municipais, Clubes de Mães e Organizações da Sociedade Civil.

São mais de 20 modalidades artísticas disponíveis para pessoas de todas as idades e gêneros, ministradas por 74 arte-educadores contratados pela Fundação Cultural de Foz do Iguaçu.

“Reforçamos que o papel do Foz Fazendo Arte é descentralizar o acesso à cultura, levando aos bairros e envolvendo os moradores em iniciativas marcantes. A arte possui esse poder agregador e forma por meios únicos”, disse a coordenadora do programa, Fabiana Zelinski.

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