Ação no sábado (25), em frente à Praça do Mitre, abriu a programação da campanha ‘21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’. Mobilização segue até o dia 10/12
A blitz educativa da campanha dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” distribuiu mais de 700 aromatizadores de veículos neste sábado (25), em frente à Praça do Mitre. Além do efeito olfativo, os produtos divulgam os canais para denúncia de violência contra a mulher que são: 180 (pra quando não há flagrante) e 153 ou 190, (no momento da agressão).
“Os aromatizadores sempre chamam a atenção e são importantes porque é um material diferenciado. As pessoas param achando que vão receber cartilhas, mas recebem algo cheiroso, com número de telefone para denúncia e com a logomarca da campanha, despertando a memória olfativa e visual da campanha”, comentou Iraci Pereira Conceição, presidente do Conselho do Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e coordenadora da Patrulha Maria da Penha.
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Os aromatizadores de veículos foram adquiridos com emendas impositivas das vereadoras Yasmin Hachem e Anice Gazzaoui.
Campanha
A mobilização, coordenada pela Patrulha Maria da Penha, abriu a campanha de combate à violência contra a mulher que segue até o dia 10 de dezembro com mais de vinte ações, entre rodas de conversa para servidoras municipais, clubes de mães e demais mulheres da população. No dia 06 do próximo mês, a mobilização será marcada pelo início da campanha do Laço Branco: Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher.
A campanha é uma organização da Secretaria Municipal de Direitos Humanos em parceria com o Conselho dos Direitos da Mulher e com a Diretoria de Saúde Ocupacional e conta com o apoio do Conselho da Comunidade e da Vara de Execução Penal, Comissão da Mulher Advogada, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Marcha Mundial das Mulheres.
Campanha e Consciência Negra
A ampla programação é proporcional aos desafios do Poder Público e de toda a sociedade para combater a epidemia de violência contra a mulher nos últimos anos em todo o país. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), quatro mulheres foram mortas por dia no Brasil no primeiro semestre de 2022. Somente até metade deste ano, foram 699 feminicídios. Deste total, 62% das vítimas são negras.
“Nós temos uma importante missão no contexto mundial da campanha, mas principalmente no Brasil, que fixamos o início do enfrentamento no Dia da Consciência Negra (20), considerando que as violências de gênero são ainda mais devastadoras para as mulheres negras”, afirmou a secretária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa Maria Jerônymo Lima.
Enfrentamento
A realidade nacional também se reflete em Foz do Iguaçu. Os números dobraram neste ano, saltando de três para seis feminicídios, no comparativo com o ano passado. Além da tentativa de desconstrução cultural, marcada pela ofensiva do ideário machista nos últimos anos no país, a onda de violência vem sendo combatida com o investimento na estrutura da rede de apoio no município, principalmente na segurança pública.
A reestruturação da Patrulha Maria da Penha, com aquisição de novas viaturas e equipes, ampliou o número de fiscalizações e atendimentos às mulheres vítimas de violência doméstica. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas mais de cinco mil visitas aos grupos femininos com medidas protetivas, e um total de cerca de 600 fichas de atendimentos de ocorrências.
