O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) promove nesta quinta-feira (30) o processo eleitoral para escolher quem irá substituir a Professora Tamara Cardoso André na presidência durante o biênio 2024-2026. Até o fechamento da edição, ainda não havia um consenso entre os membros efetivos, o que deixa em aberto a possibilidade de um bate-chapa para definir a nova direção da ong (organização não governamental) que foi fundada no dia 20 de maio de 1990.
“A eleição acontece amanhã (hoje, 30 de novembro). Ainda estamos na busca de um consenso, pode ser que haja parte chapa ou não”, informou Hamilton Serighelli, que é membro efetivo do CDHMP há cincos. “Então estamos tentando chegar num comum acordo. Somos poucos e precisamos trabalhador unidos”, ressaltou.
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De acordo com o estatuto próprio, para valer a eleição é necessário pelo menos 50% dos membros efetivos que tem direito a voto. “Hoje, cinco integrantes representam os 50% dos atuais membros”, confirma Serighelli, ao informar sobre o total de membros efetivos e de uma lista de pelo menos 30 inscritos que não poderão participar da votação.
Histórico
Fundado em 1990, o CDHMP é uma entidade de caráter civil, com personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos, engajada na defesa e promoção dos direitos humanos através de atos e atividades sociais, educativas e culturais. Nos últimos dois anos a atual gestão conseguiu levar o a ong para trabalhar com os grandes movimentos sociais.
“Saímos de dentro da casa (sede na região da Vila A) e fomos ao encontro aos movimentos sociais de moradia, de reforma agrária, da questão indígena, em defesa dos funcionários públicos que tem a casa na Vila A de Itaipu, do meio ambiente, que é importante debater esta questão”, disse Serighelli.
Poucos voluntários
Como a entidade é bancada pelos próprios membros, não tem recursos públicos, todos são voluntários, o que acaba resultando em uma dificuldade. “Temos procurado trabalhar todos juntos e organizados para o atendimento à população mais pobre, principalmente. O CDHMP sempre lutou pela defesa dos direitos dos humanos. Aqui na região tem a questão dos índios guaranis que foram retirados de suas terras demarcadas e precisam de uma solução”, revelou.
Na avaliação dele, é importante as pessoas entenderem que tem e quais são os direitos humanos. “Todos têm direito aos itens básicos para sobrevivência”, frisou. A luta em defesa dos direitos dos humanos, segundo Serighelli, perdem muito espaço nos últimos cinco anos. “As pessoas acharam que não precisava ter este espaço que é fundamental para os direitos humanos”.
CDHMP trabalha em conjunto com órgãos de interesse com o município. “Temos trabalhado, como é o caso de melhoria das condições da população carcerária, com a diversidade da OAB, entre outros”, completou Hamilton Serighelli.