Operação da Aifu obriga fechar até disque pizza na região de Curitiba

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Foto: Pedro Ribas/SMCS

Excessos nas operações da Aifu assustam consumidores e geram revolta de empresários de gastronomia e lazer

As operações da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) continuam provocando perturbação e gerando revolta de empreendedores da gastronomia de Curitiba e região metropolitana e em todo o Estado. Na noite desta sexta-feira (30), até estabelecimentos de entrega de pizzas, no centro da capital, precisaram fechar as portas por força da fiscalização.

Os excessos praticados pelos agentes tem sido relatados em grupos de WhatsApp. “Tem uma viatura lá no meu estabelecimento pedindo para fecharmos a pizzaria, pois pediram para o bar do outro lado da rua fechar, mas nós atendemos pedidos até à 1h”, relatou uma empresária.

“Não entendo, pois não tenho música, tenho apenas uma TV, conforme liberação da Prefeitura”, completou. “Minha funcionária acabou de ligar dizendo que pediram até para os clientes saírem e mandaram a gente baixar as portas. Não entendo, pois não temos barulho dentro da loja”, contou outro.

“Trancaram a rua, acabei de passar por lá e tive que desviar. Quarteirão fechado”, relatou outro empresário. “Nossa, que terrorismo com a gente que só quer trabalhar em paz. Deveriam estar procurando bandidos, não quem gera emprego e renda para a cidade. Uma vergonha essa operação. Entendo até, como abuso de autoridade”, relatou mais um gerente do setor.

Reação
“Será que para ver alvará e ver se o empresário está trabalhando precisa de fuzil?”, indagou o dono de outro estabelecimento em São José dos Pinhais. Os abusos tem sido uma constância nos últimos meses, informou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar), Fábio Aguayo.

“Como bem falou um dos nossos associados, deveriam estar procurando bandidos, não quem está gerando emprego”, ressaltou Aguayo. O presidente da entidade já levou o caso aos deputados do situação e oposição, secretários de estado para relatar a situação, e especialmente ao governador Ratinho Junior.

Nas últimas semanas, foram registrados abusos em Curitiba, Londrina e em todo o Estado do Paraná. “Estamos contratando escritórios de advocacia para preparar uma ação assim que for sancionada a Lei de Abuso de Autoridade”, ressaltou.

De acordo com Fábio Aguayo, as ações tem como desculpa sempre o MP (Ministério Público) e a perturbação do sossego. “Se for, tem que desligar a cidade toda e todos os segmentos e não trafegar ônibus, caminhões e motos”.

“Ninguém da nossa categoria é contra fiscalização, pois jamais vamos esquecer a Boate Kiss (que pegou fogo e matou 242 pessoas no Rio de Grande do Sul)”, analisou Aguayo. Que completou: “Mas isso não pode ser escada para falta de bom senso, razoabilidade e muito menos espetacularização circense”.

A Abrabar está já encaminhou pedido de audiência com o secretário estadual de Segurança Pública, Rômulo Marinho Soares e o governador Ratinho Junior para tratar sobre os excessos nas operações da Aifu.

Foto: Arquivo/Google

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