O Governo do Estado recebeu nesta segunda-feira (26), o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) referente à Adequação do Terminal Multimodal no Oeste do Paraná, que abrange o terminal da Ferroeste, e à construção do Terminal Multimodal de Foz do Iguaçu, integrando o planejamento da Nova Ferroeste em longo prazo.
Os estudos, financiados pela Itaipu Binacional com aproximadamente R$ 1,3 milhão, foram contratados pela Paraná Projetos, vinculada à Secretaria do Planejamento, e agora estão sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Logística para dar continuidade aos projetos.
A revitalização do terminal da Ferroeste, uma demanda antiga do Estado e do setor produtivo do Oeste, está incluída no estudo, com um investimento indicado de R$ 250 milhões.
As melhorias propostas envolvem pavimentação, sinalização, iluminação, controle de acesso e construção de um pátio público para caminhoneiros, visando atender as cooperativas e produtores que utilizam o Porto de Paranaguá para exportação.
A Ferroeste planeja lançar projetos e editais específicos para iniciar as obras, começando pela pavimentação de cerca de 5,5 quilômetros, estimada em R$ 30 milhões, e seguindo com a construção da área de descanso para motoristas.
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André Gonçalves, presidente da Ferroeste, enfatizou a importância do trabalho da Paraná Projetos e destacou a parceria crucial com a Itaipu Binacional para mapear as melhorias no Oeste.
O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, ressaltou que essa iniciativa está alinhada com o objetivo de transformar o Paraná em um grande hub do setor logístico, impulsionando o modal ferroviário.
Sandro Alex, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, destacou que o EVTEA ajuda a planejar os próximos passos do setor logístico, com um diagnóstico abrangente do terminal de Cascavel e propostas de melhorias estruturais.
Natalino Bastos dos Santos, assessor especial da Diretoria de Coordenação da Itaipu, ressaltou que essa entrega reforça o compromisso da Binacional com o desenvolvimento regional, destacando a importância da Ferroeste para as cidades de Cascavel e Foz do Iguaçu.
Ferroeste e nova ferroeste
A Ferroeste administra o trecho ferroviário entre Guarapuava a Cascavel, com 248 quilômetros.
Pelos trens da Ferroeste são escoados, anualmente, cerca de 800 mil contêineres, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá.
No sentido importação, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis.
O terminal, localizado em Cascavel, tem moegas de recepção, tulhas para expedição ferroviária, balanças ferroviárias, silos, e galpões de armazenagem e movimentação de produtos de empresas e cooperativas.
Já a Nova Ferroeste, ainda em estudo, vai ligar por trilhos Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
O projeto tem 1,5 mil quilômetros de extensão e vai promover a redução de 30% no custo do transporte de insumos e produtos, a maioria grãos e proteína animal.
Cascavel deve ser o ponto central da rodovia, porque a partir desse terminal haverá conexões com Foz do Iguaçu, Chapecó, Guaíra (e o Mato Grosso do Sul) e Guarapuava e o Litoral.