Dada como certa, demissão de diretor-geral já movimenta alas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Sergio Moro
Com a saída do delegado Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal dada como certa, três grupos já disputam internamente o comando da instituição. A movimentação reflete uma medição de forças entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o ministro da Justiça, Sergio Moro — a quem a corporação é subordinada — pela influência na instituição. As informações são do Metrópoles.
No Palácio do Planalto, um dos cotados é Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, que passou a maior parte da carreira em funções fora da PF.
A prioridade do ministro, no entanto, é manter Valeixo no cargo. Caso não seja possível, o grupo ligado a Moro trabalha para manter o comando do órgão sob a influência do ex-juiz da Lava Jato. O receio é de que caso um nome de fora assuma, Moro perca a ascendência sobre a Polícia Federal.
O nome do delegado Fabiano Bordignon, atual diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), é citado como opção, conforme antecipou a Coluna do Estadão. Bordignon já foi o chefe da PF em Foz do Iguaçu (PR) e atuou como diretor da penitenciária de Catanduvas (PR) na época em que Moro era juiz corregedor da unidade.