O Instituto 100 Cidades (Futura Inteligência) suspendeu a divulgação da primeira pesquisa de intenções de voto nas eleições municipais de outubro em Foz do Iguaçu, que poderia ocorrer a partir desta quarta-feira (24), conforme antecipou o GDia.
A decisão da empresa, com sede no Espírito Santo, incluiu os levantamentos que estariam sendo feitos em outros seis municípios do Paraná. Em Ponta Grossa nos Campos Gerais e São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Justiça Eleitoral aceitou pedidos de impugnação das enquetes.
A pesquisa em Foz do Iguaçu, com o registro PR-01452/2024 no TSE, teria um custo de R$ 10 mil que seriam pagos pela própria empresa.
O levantamento, assinado pela estatística Fabíola Miranda von Rondow (registro Conre 8140), seria quantitativa, por amostragem, com aplicação de questionário realizado por meio telefônico.
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A mesma metodologia, com mais ou menos eleitores, seria realizada em Curitiba, Cascavel, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina e Maringá.
Em Foz do Iguaçu, a projeção indicava que seriam ouvidos 400 eleitores num prazo entre o dia 15 a 22 de abril (uma semana). Após as respostas espontâneas, o eleitor seria convidado a indicar a intenção de voto a partir de uma lista de 12 pré-candidatos – Adnan El Sayed (PSD), Mateus Vermelho (PP), Dilto Vitorassi (PT), General Silva e Luna (PL), Luciano Alves (PSD), Ney Patrício (Podemos), Nilton Bobato (PV), Paulo Mac Donald (PP), Sâmis da Silva (PSDB), Sérgio Caimi (Por Mais Brasil), Sidnei Prestes (Republicanos) e Tércio Albuquerque (Avante).
O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. Os intervalos de confiança serão calculados considerando os resultados obtidos para um nível de confiança de 95%.
Mercado e impugnações
O registro de candidaturas nos principais centros urbanos seria parte de uma estratégia da empresa, para ingressar no mercado paranaense, conforme apontado pela imprensa estadual.
Em nota ao Blog Politicamente, de Curitiba, a empresa afirmou que optou pelo cancelamento dos registros para “realizar pequenos aprimoramentos formais nos documentos” e que voltará a registrar o material em breve. Segundo o manifesto, “não há qualquer contestação sobre resultados e números, dado que não houve divulgação de pesquisa”.
A manifestação do Instituto 100 Cidades confronta o entendimento da Justiça Eleitoral que acatou, na terça-feira (23), dois pedidos de impugnação da divulgação dos levantamentos em Ponta Grossa e São José dos Pinhais. Levantamento do blog Política em Debate do Bem Paraná, mostra que, em Ponta Grossa, a pesquisa foi impugnada pelo MDB, que apontou 8 irregularidades/vícios no levantamento.
Em Cascavel, no oeste do Paraná, o MDB também tentou impugnar a pesquisa, apontando violações à LGPD; problemas metodológicos relacionados a sexo e gênero; falta de transparência na fonte dos dados; e deficiências no sistema interno de controle e verificação da base de dados. No entanto, a juíza eleitoral Claudia Spinassi decidiu indeferir autorizando a divulgação o que não ocorreu por decisão do instituto.
Com informações do GDia