Requião Filho deixará PT e se ‘prepara’ para disputa ao Governo do Paraná em 2026

Ele está percorrendo o trecho fazendo uma prestação de contas do mandato e colhendo demandas nos municípios
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Com cesta básica mais saudável, Requião Filho cobra votação de projeto sobre alimentação nas escolas públicas do Paraná
Foto: Eduardo Matysiak

O deputado Requião Filho (PT) está com os dias contados no Partido dos Trabalhadores. Ele confirmou em entrevista à TRIBUNA, nesta sexta-feira (17), que deixará o grupo no ‘momento certo’. Seu pai, o ex-governador do Paraná e ex-senador, Roberto Requião já deixou a sigla partidária, se filiando ao Mobiliza, antigo PMN, no início deste ano.

O deputado também afirmou que está se preparando ‘há muito tempo’ para disputar o Governo do Paraná nas Eleições de 2026. “Mas quero ser um governador para desfazer todos os erros que vem se prolongando ao passar dos tempos no nosso estado”, afirmou.

Requião Filho cumpriu agenda em Campo Mourão na manhã desta sexta. Ele está percorrendo o trecho fazendo uma prestação de contas do mandato e colhendo demandas nos municípios. “O nosso trabalho é a fiscalização e isso se faz in loco”, resumiu.

O deputado comentou a saída do pai do PT e sobre seu futuro dentro do grupo político. “A gente tem que entender quando somos benquistos e não benquistos. Não fico onde não me cabe. Se não me querem é vida que segue”, falou, ao informar que deixará o PT.

Segundo ele, o partido, tanto no Paraná quanto nacional deixou ‘muito claro’, após as eleições, que ‘tem dono’ e que tem afastado, tanto governo federal quanto seus ministros, do discurso que elegeu o partido.

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“Tanto que aqui no Paraná o PT colaborou com a instalação do novo pedágio, que fomos radicalmente contra. O PT se silenciou na venda da Copel. A Sanepar está indo no caminho da privatização também e não vemos o governo federal trabalhando nisso. Então eu acho que o meu compromisso antes de mais nada é com a minha consciência e com o povo. O partido acaba sendo uma consequência”, afirmou.

O parlamentar disse ainda não ter definido em qual partido se filiará. No entanto, adiantou que tem conversado bastante com o PDT e tem também convite do PV. “O PV, aliás, tem se colocado como um partido com ideias bem progressistas de desenvolvimento sustentável, ainda mais neste momento climático do país, clima político e clima ambiental mesmo, entre outros”, resumiu.

Sobre sua escolha de um novo partido, o parlamentar disse que levará em consideração o compromisso do grupo político com o estado do Paraná. Isso, no entanto, ressalvou, não significa que vá ‘rasgar suas bandeiras e ideias para entrar em qualquer partido’. “Vou aceitar o convite de um partido que queira fazer política no Estado do Paraná e construir partido no Estado”, falou.

Se referindo ao PT, Requião Filho disse que um partido não pode ter dono. “Tem que ser construído com pessoas que pensam de uma maneira parecida, que tenham as mesmas ideias e os mesmos objetivos. Às vezes você pode até discordar de como chegar naquele objetivo, mas ele tem que ser o mesmo. Então vou escolher meu grupo político quando o partido falar que vamos juntos construir uma ideia de Paraná que seja compatível com o que penso”, comentou, ao dizer que está decepcionado com a postura do Partido dos Trabalhadores.

Requião pré-candidato a prefeito de Curitiba

O filho comentou também sobre a pré-candidatura do pai, Roberto Requião, à prefeitura de Curitiba. “Hoje ele aparece empatado tecnicamente com o outro candidato mais forte, isso menos de duas semanas depois de o seu nome ter sido colocado à disposição, o que é muito interessante”, falou. O deputado disse acreditar que as Eleições de 2024 em Curitiba e todas as demais cidades será uma disputa que gerará um novo momento político no Brasil.

Requião Filho deixará PT e se ‘prepara’ para disputa ao Governo do Paraná em 2026
Foto / Eduardo Matysiak

“O que quero dizer com isso: estamos desde 2014 num cabo de guerra do nós contra eles, se você não concorda comigo é meu inimigo. Com isso, nós deixamos de discutir políticas públicas. Ficou uma ideologia ‘rasa’ e ‘boba’ que passou a definir o futuro do Brasil. E não dá certo ser assim. Está na hora de a gente botar o pé no freio dar uma arrumada na carga e voltar a discutir o Brasil, as pessoas e as cidades. Assim conseguiremos reconstruir o Brasil, porque estamos já há 10 anos nesta bobagem e quem perde é o povo”, analisou.

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