Com média de 13 furtos por mês, comerciantes da área central de Foz pedem mais segurança

Além do prejuízo com mercadorias, vidros e portas danificados, os comerciantes também sofrem com os constantes furtos de fiação
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Com média de 13 furtos por mês, comerciantes da área central de Foz pedem mais segurança

Os comerciantes do Centro de Foz do Iguaçu estão alarmados com o crescente índice de furtos e os inúmeros prejuízos deixados pelos criminosos. Cadeados, câmeras de segurança e alarmes já não inibem a ação dos bandidos, que costumam agir durante a madrugada.

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) mostram que Foz contabiliza uma média de 13 furtos em comércio por mês na região central. Em 2023, por exemplo, 159 crimes ocorreram na área. Neste ano, entre janeiro e abril, as forças de segurança registraram 57 ocorrências.

No último final de semana, dois locais foram arrombados, sendo um na Avenida Brasil e outro na Avenida Almirante Barroso. Câmeras filmaram a ação de um suspeito, que quebrou um vidro para acessar o interior do estabelecimento. Depois de vasculhar alguns espaços, ele deixou o local levando um celular.

O mesmo suspeito agiu nos dois furtos. As imagens foram repassadas à polícia, que conseguiu identificar o homem e realizou a prisão em flagrante. Entretanto, nem sempre a história termina assim, já que muitos criminosos costumam danificar os aparelhos de monitoramento e até mesmo desativar alarmes, dificultando a ação das forças de segurança.

Em uma farmácia, nas últimas semanas foram contabilizas quatro invasões, com subtração de produtos diversos. Os proprietários reforçaram as portas com grades para tentar impedir novos arrombamentos e clamam por mais presença da Polícia Militar e Guarda Municipal na área central.

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Além do prejuízo com mercadorias, vidros e portas danificados, os comerciantes também sofrem com os constantes furtos de fiação, que frequentemente deixam as lojas sem luz elétrica, telefone e rede de internet. Este tipo de crime também causa transtornos no serviço do Corpo de Bombeiros, que costuma registrar interrupções na linha de emergência de forma corriqueira.

Em resposta as reinvindicações dos comerciantes, a Polícia Militar afirmou que já existe um policiamento constante na região central, com patrulhamentos pontuais, mas que este trabalho será reforçado nos próximos dias, visando reduzir o índice de ocorrências.

Entretanto, mesmo com os trabalhos frequentes, as autoridades de segurança destacam que cessar a criminalidade em definitivo é bastante difícil, visto que há um alto número de criminosos reincidentes. O crime de furto, por apresentar “menor gravidade frente a outros crimes”, muitas vezes não resulta na prisão do envolvido, que novamente nas ruas, volta a cometer as mesmas atividades ilícitas.

Abrangência

Em todo o ano passado foram contabilizados 460 crimes de furtos em comércios de Foz (balanço incluindo todas as regiões). Além da área central, que concentra o maior índice de casos, há destaque para a Vila Portes, que teve 38 crimes; Três Lagoas, com 28 casos; Morumbi, com 27 ações; e Vila A, com 21 ocorrências.

Em todo o Paraná foram contabilizadas mais de 15 mil invasões em estabelecimentos em 2023. Curitiba concentra o maior volume de casos, com pouco mais de 3 mil registros. Na sequência aparecem Maringá (984), Londrina (931), Cascavel (710), Ponta Grossa (609), e Foz (460).

Parâmetro geral

Apesar do índice alto de ocorrências no comércio, no cenário geral Foz registrou uma redução nos crimes de furtos, em todas as modalidades, no primeiro quadrimestre deste ano.

Com média de 13 furtos por mês, comerciantes da área central de Foz pedem mais segurança

Dados extraídos do Relatório Estatístico Criminal da Sesp, mostram que a cidade contabilizou 1.439 ocorrências entre janeiro e abril, 371 a menos que no mesmo intervalo de 2023, que teve registro de 1.810 casos.

A queda de 20% representa uma média de menos quatro atendimentos por dia, em diferentes áreas.

Com informações do GDia

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