Candidatos a vereador vão as urnas pela primeira vez sem as coligações proporcionais

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Em Foz do Iguaçu, oito partidos tem vereador que podem facilitar ou dificultar formação das chapas; Veja mais regras das eleições 2020

Partidos que tradicionalmente “juntam forças” para garantir boas votações nas legendas e garantir o maior número de cadeira no legislativo, terão que enfrentar no ano que vem pela primeira vez um novo desafio das urnas. O pleito estreia o fim das coligações proporcionais.

Em Foz do Iguaçu, oito agremiações tem representação na atual legislatura da Câmara. Três parlamentares não tem partido, destaca Ronildo Pimentel, no GDia.

As coligações proporcionais permitiam somar, ao candidato mais votado de uma legenda, os votos obtidos por outra legenda. A partir do pleito de 4 de outubro de 2020, o “jeitinho eleitoral” deixará de existir, colocando os partidos em um certo “pé de igualdade” na hora de ganhar o voto de confiança do eleitor.

A definição dos candidatos à Câmara é sempre um quebra-cabeça para os partidos, especialmente aqueles que tem vereador. “Dependendo da chapa que estão construindo, pode ajudar ou atrapalhar”, avalia Eduardo Teixeira, presidente municipal do PTB dos vereadores Edson Narizão e Rogério Quadros.

“Por exemplo, um partido que tem dois vereadores, alguns bons puxadores de votos, podem decidir a ir para outros partidos que não tenham vereadores”, ressaltou o dirigente partidário. De acordo com ele, tudo é muito relativo, “dependendo da forma como é construído o grupo dentro do partido”.

Outro fator pode pesar na composição das chapas. A janela de março do ano que vem, quando a legislação eleitoral permite a parlamentares trocar de legenda sem perder o mandato. Geralmente, as mudanças são definidas na última hora. Na Câmara existem ainda três vereadores sem legenda.

Independente da chapa, os candidatos terão que ter voto, sob risco de alguns receberem bom índice de voto, no entanto ficar fora da próxima legislativa. Em 2016, o vice-prefeito Nilton Bobato era vereador candidato a reeleição. Apesar da terceira melhor votação (3.998 votos), ficou fora por que o PCdoB (seu partido então), não conseguiu legenda para uma cadeira.

Composição
O PSD, do prefeito Chico Brasileiro, é o partido com mais representantes na atual legislatura – João Miranda, Inês Weizemann e Marcio Rosa. Além do PTB, o PDT também tem dois vereadores – Nanci Rafagnin Andreola e Celino Fertrin.

Com um parlamentar aparecem PSB (Beni Rodrigues), Republicanos (Jeferson Brayner), DEM (Luiz Queiroga), PL (Elizeu Liberato) e PSC (Edílio Dall’Agnol). Não tem partidos Anice Gazzaoui, Darci do DRM e Marino Garcia.

Regras da eleição
O prazo final para filiação aos partidos, para quem quer ser candidato, é 4 de abril do ano que vem, mesmo prazo para os partidos registrarem o Estatuto junto ao TSE. A eleição será no dia 4 de outubro. Os candidatos a prefeito poderão formar coligações com outros partidos.

De acordo com a legislação, o partido deverá reservar a cota mínima de 30% para as mulheres. Está proibida a candidatura avulsa, ainda que a pessoa seja filiada a algum partido. A idade mínima para se eleger é de 21 anos para prefeito ou vice-prefeito e de 18 anos para vereador.

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