Foz do Iguaçu sedia Feira Científica para alunos com Altas Habilidades/ Superdotação

O evento busca despertar o interesse pela ciência, pesquisa e projetos que ampliem o conhecimento
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Foz do Iguaçu sedia Feira Científica para alunos com Altas Habilidades/ Superdotação
Foto: Divulgação/ Assessoria

Em 2022, a então estudante da 1ª série do Ensino Médio e do curso técnico de Formação de Docentes, Bianca Antunes Schmidt do Colégio Estadual Marechal Castelo Branco, em Primeiro de Maio, na Região Metropolitana de Londrina criou um robô, a quem chamou de Afonso, para auxiliar pessoas com Alzheimer ,a manterem suas rotinas.

Inspirada em sua avó, diagnosticada com a doença, Bianca se juntou ao colega Gustavo Henrique Laurindo para criar a ferramenta que, controlada via celular, interage com o paciente, perguntando, por exemplo, se ele já comeu, tomou banho ou tomou os remédios naquele dia e ainda podendo entregar o medicamento ao paciente.

A invenção rendeu à aluna, identificada com altas habilidades/superdotação, a primeira colocação na edição de número um da Feira Científica do Núcleo de Altas Habilidades/Superdotação da Seed-PR (FENAAH/S), que chega ao terceiro ano. O evento começou nesta terça-feira (30), e prossegue ate o dia 2 de agosto, no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu.

Para este ano, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), por meio do Departamento de Educação Inclusiva (Dein) e o Núcleo de Altas Habilidades/Superdotaçao (NAAH/S), recebeu 435 inscrições, com 200 projetos selecionados. Um deles, inclusive da própria Bianca, que recebeu o nome de “Jogos em Libras: uma jornada de inclusão na escola para alunos ouvintes”.

A estudante percebeu uma alta no número de alunos com deficiência auditiva, o que acaba criando uma barreira de comunicação entre o aluno surdo e o ouvinte, e o projeto surge para quebrar essa barreira. “Fizemos com o auxílio da professora de Libras e alunos no Magistério, cartazes com o alfabeto e os numerais em libras e deixamos expostos no pátio da escola para que os alunos começassem a ter a curiosidade em aprender”, conta.

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Dessa forma, em dupla com outro colega, Bianca adaptou o que chamou de Sudoku (quebra-cabeça milenar da cultura japonesa) em libras.. “Claro que com o material de apoio junto, para os alunos traduzirem o manual para poderem jogar. Levamos esse jogo para alunos do Ensino Médio e como esperado, tivemos resultados positivos. Eles se interessaram em aprender e começaram a se aprofundar nessa língua”, completa.

A Feira Científica de Altas Habilidades/Superdotação tem como principal objetivo integrar técnica, ciência e cultura para impulsionar mudanças significativas no processo de ensino e aprendizagem, tanto no ensino básico quanto na educação profissional técnica, estimulando o desenvolvimento da cultura da investigação.

O evento busca despertar o interesse pela ciência, pesquisa e projetos que ampliem o conhecimento, promovendo o intercâmbio entre estudantes de Salas de Recursos Multifuncionais de Altas Habilidades/Superdotação, os atendidos nas escolas em tempo integral (AEE-I) e os professores que trabalham com estudantes superdotados.

Presenças internacionais

Este ano, o evento contará com a presença de Maria Jacqueline Lassera Vazquez e Susana Graciela Pérez Barrera, representando o Ministério da Educação do Uruguai; representantes da Universidade de Montevidéu e de universidades brasileiras. Eles farão parte da banca avaliadora dos trabalhos. Os melhores em cada categoria receberão certificados como premiações simbólicas.

Foz do Iguaçu sedia Feira Científica para alunos com Altas Habilidades/ Superdotação
Foto: Divulgação/ Assessoria

Mês da superdotação – Agosto é comemorado o mês internacional da superdotação, sendo o Paraná destaque no cenário nacional com mais de 8 mil estudantes identificados e com uma proposta diferenciada no atendimento.

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