Um grupo de auditores fiscais da Receita Estadual partiu para o corporativismo, no final de semana, numa clara tentativa de resistir as mudanças implementadas nos últimos meses na Secretaria Estadual da Fazenda. Aproximadamente 50 servidores entregaram pedido de exoneração coletiva, na tentativa de tornar refém o secretário Renê Garcia Junior.
A Receita Estadual é o órgão do Governo do Estado que esteve no centro das denúncias envolvendo a Operação Publicano do Ministério Público, que investigou e afastou auditores, alguns chegaram a ser presos, acusados de extorquir empresários para engordar as próprias contas bancárias e usar parte do dinheiro na campanha de reeleição do ex-governador Beto Richa.
Nas cartas de demissão, encaminhadas sexta-feira (4) ao governador Ratinho Júnior, eles apontam que a decisão foi tomada “em razão das novas diretrizes indicadas pelo Secretário da Fazenda (…) relativas à organização interna do órgão”. O corporativismo é a forma encontrada para resistir à mudanças e novas metodologias de gestão.
Em nota, a Secretaria da Fazenda afirma que “o pedido de exoneração de servidores em funções de confiança” na Pasta e na Receita Estadual “é natural em razão das mudanças promovidas na diretoria-geral da pasta e na coordenadoria do fisco”. A Sefa alega que “a medida assegura autonomia aos novos gestores para a indicação de profissionais que ficarão responsáveis pelas diversas atribuições administrativas dos órgãos”.
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