“Saúde pública de Foz está doente e remédio é boa gestão”, diz Zé Elias

Candidato do União Brasil diz que desafio do setor está além do orçamento. É preciso gestão eficiente para garantir os milhares de atendimento e exames superiores ao número de moradores de Foz 
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Candidatos a prefeito, vice e vereadores do União Brasil em reunião com o secretário de Saúde de Foz do Iguaçu Foto: Divulgação/União Brasil

“A saúde pública de Foz do Iguaçu está doente. E precisa ser curada”, disse Zé Elias Castro Gomes, candidato a prefeito pelo União Brasil, após reuniões com entidades do setor. “É preciso gestão eficiente para consertar o setor, um dos mais sensíveis da administração pública. Tem 2,2 mil bons profissionais que trabalham na saúde, mas que precisam de valorização, melhores estruturas e condições de trabalho”, afirmou.

Ele reforçou que “tem todo um arranjo a ser feito. Agora, precisa gestão”. O candidato conversou com o secretário municipal de Saúde, Ulisses Figueiredo de Sousa, da pasta que concentra a maioria das reclamações da população de Foz do Iguaçu. O candidato a vice-prefeito, Leandro Costa, e candidatos a vereador do partido acompanharam o encontro.

“O iguaçuense tem direito ao atendimento médico, assim como o turista que vem para cá. A prefeitura tem que saber que precisa atender, já que é uma cidade atípica. Estamos numa região de fronteira, os estrangeiros, paraguaios e argentinos também procuram atendimento aqui”, destacou Zé Elias, reforçando que é preciso planejamento e gestão do setor, bem como envolver os governos estadual e federal, bem como os moradores dos municípios vizinhos.

“Tem os exames de casos raros, tem a questão dos fornecedores. Como está esta remuneração? Tudo isso precisa ser levantado para daí definir quais são as condições para garantir esses atendimentos. Há muitos desafios na gestão da saúde pública, e nós reunimos todas as condições de dar uma resposta à população”, garantiu.

Rede

Entre os temas levantados por Zé Elias e Leandro Costa com o secretário Ulisses Figueiredo de Sousa está o funcionamento da rede pública de saúde, como a gestão do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o programa Saúde da Família.

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“Uma das demandas mais importantes é, sem dúvida, a quantidade de atendimentos. Hoje a cidade tem mais de 1,2 milhão de atendimentos e outros 2 milhões de exames. A conta chega e o orçamento não fecha”, destacou o candidato do União Brasil.

Mais controle

Na avaliação dele, os postos de saúde devem concluir os atendimentos, e o controle deve ser rigoroso e programado para evitar repetições. “Hoje, temos uma demanda em Foz sendo atendida através de liminares na saúde. Em torno de 100 são concedidas mensalmente para fazer o atendimento emergencial. Não é justo com a população e você não vê os gestores vindo prestar conta de por que que está acontecendo isso”.

Os candidatos a vereador destacaram no encontro a importância da gestão compartilhada, proposta por Zé Elias. “Vamos propor o aumento da capacidade de recepção, amenizar os problemas que pudermos resolver e organizar tudo na Unidade de Saúde”, acrescentou Dr. André Ricco, candidato a vereador.

Estrangeiros

Outro desafio abordado por Zé Elias é o impacto dos estrangeiros que atravessam a fronteira em busca de atendimento médico em Foz. Em 2023 foram aproximadamente 456 mil cartões do SUS (Sistema Único de Saúde) cadastrados no município, desses, 33 mil são de estrangeiros que vivem na cidade.

“Temos o Mercosul, as cidades irmãs, vamos buscar soluções”, afirmou Leandro Costa. “Tendo o esporte como foco, sei o quanto a saúde é importante, e temos que aproveitar os estudantes de medicina da região”, disse o candidato a vereador Mahatma Gandhi, que vai propor um acordo bilateral com o Paraguai.

O secretário informou que, entre os orçamentos aprovados, que ficarão para a próxima gestão, há cerca de R$ 30 milhões para a construção da policlínica do Morumbi. “Com este investimento, a fila por atendimento em saúde vai diminuir na região. A pressão sobre a UPA irá melhorar”, destacou o candidato a vereador Dr. Maurício Castilha.

A candidata a vereadora Cintia Bordignon questionou sobre a Saúde da Mulher. “Não há um atendimento direcionado, principalmente quando se fala do acompanhamento da menopausa, à mulher de 40 anos ou mais. Um diagnóstico rápido evitaria buscas por vários especialistas”, ressaltou. Hoje o atendimento se limita a ginecologia e obstetrícia.

Outro tema questionado no encontro foi com relação à Telemedicina, projeto da Secretaria Municipal, que está sendo executado em caráter de testes, segundo o secretário. A rede municipal conta com 30 Unidades de Saúde. Na reunião, Zé Elias lembra ainda que o senador Sergio Moro já destinou mais de R$ 435 mil em emendas para a saúde pública de Foz do Iguaçu.

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