Foz do Iguaçu precisa entrar nos trilhos para avançar, mas, para isso, é preciso que a população participe deste momento importante e “votar consciente”. O apelo é de Zé Elias 44, da chapa “A União Faz a Foz”, para que os eleitores conheçam os candidatos e decidam pela melhor opção no dia 6 de outubro. “Neste primeiro turno, é preciso que as pessoas votem conscientes, escolham a melhor opção”, ressaltou.
Para o candidato, é preciso resgatar a confiança dos eleitores nos políticos. Nos últimos pleitos, mais de 30% dos moradores com direito a voto não compareceram às urnas, destacou Zé Elias, ao participar do Podcast Guarda Volume, na última segunda-feira (23). A entrevista se transformou numa conversa descontraída e incisiva sobre as propostas e a situação de descaso que o município vem sofrendo.
Favores e conchavos
Os conchavos entre lideranças e partidos, na avaliação de Zé Elias, deixam a política dentro de uma engrenagem de favores. “É por isso que não aceitei realizar nenhuma coligação. Para democratizar a prefeitura é necessário que as pessoas certas estejam executando suas atividades. Hoje vemos 300 cargos comissionados, a um custo aproximado de R$ 30 milhões de dinheiro público, dos impostos da população.”
“E, muitas vezes, quem prestou concurso e está apto para exercer a atividade obedece a pessoas sem a mínima noção do cargo. Vou reduzir em 80% esses cargos e valorizar o servidor de carreira, que prestou concurso”, disse. O candidato ressaltou que a maioria dos ocupantes de cargos comissionados, hoje, está nas ruas pedindo voto para quem os indicou.
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“Há 20 anos assistimos à falta de desenvolvimento da cidade. É só observar as reclamações na área da saúde, da educação, da segurança e tantas outras, é o reflexo da falta de administração. E sim, estes favores políticos são o maior entrave, são a causa do atraso de décadas. Está faltando assumir a paternidade de Foz, e eu tenho essa coragem”, destacou Zé Elias.
Falta de foco
Para Zé Elias, Foz tem visto na discussão pautas que não deveriam mais existir. “Por exemplo, se a educação fosse cuidada não haveria falta de vagas nas creches e o turno integral poderia ser implantado, mas faltam vagas nas creches. Não há salas de aulas suficientes para atender essas crianças em período integral, quem disser o contrário está mentindo.”
O município dispõe de uma usina de asfalto e, mesmo assim, as ruas estão cheias de buracos. Não é só a falta de manutenção, é a falta de zelo com o dinheiro público, os equipamentos estão malcuidados. “Na segurança, já comportamos 400 guardas municipais, pelo número de habitantes, e temos em atuação menos de 100 por falta de concurso público. Das 60 viaturas da GM, apenas 20 estão rodando.”
Zé Elias enfatizou que esse momento é de decisão. “É preciso entender que as mesmas propostas estão sendo apresentadas, os problemas de anos e a demanda de reclamações por não terem sido feitos ou resolvidos. E você acha que agora irão resolver? E é isso que a população precisa refletir, temos a chance de mudar e o momento é este. O iguaçuense precisa pesquisar e exercer o seu voto consciente.”
Perspectiva
O candidato lembrou que Foz tem um dos maiores orçamentos do Paraná – para 2025 serão R$ 2,1 bilhões. “Como a prefeitura não tem dinheiro? É preciso gestão, organização e integração. Vamos ter dois prefeitos, eu e o Leandro, meu vice, que irá atuar à frente da infraestrutura. Ele é arquiteto por formação e também gestor. A cidade turística tem apenas pontos turísticos”. E criticou a falta de investimentos dos governos Federal e Estadual.
“Qual foi a última grande obra realizada pelo Governo do Estado em Foz?”, indagou. Na Perimetral Leste, Zé Elias lembrou que o Governo do Estado só faz a gestão, o contorno de entrada veio do pedágio, precisa ser mais atuante. “Por isso, vamos buscar representações para que os grandes investidores cheguem a Foz do Iguaçu, porque no interior de Goiás e São Paulo, onde o acesso é difícil, há investimentos na ordem dos R$ 200 milhões.”
No prumo
Zé Elias afirmou que, a partir de janeiro do ano que vem, sua administração compartilhada com Leandro vai colocar Foz nos trilhos. “É necessário que a população entenda que tem a opção do bem, quero cuidar da cidade como cuido da minha família. Convoco a todos para pensarmos juntos, para executarmos juntos a mudança.”
“Não devo favores para ninguém, houve ofertas para que minha candidatura fosse compartilhada ou que desistisse. Lutei para estar aqui e chamo todos que acreditam em uma Foz sendo projetada para o cidadão iguaçuense. Chega de corrupção, vamos implantar a agência anticorrupção para fiscalizar os projetos, fiscalizar tudo. Agora quero que vocês pesquisem se há outro candidato disposto a isso, acabar com a corrupção na Prefeitura”, concluiu.
A íntegra do podcast do Guarda Volume está no link.