Está preso em Foz do Iguaçu cacique pivô do ataque à PF em 2022

Cacique Serere foi preso há dois anos, mas recebeu o benefício de usar tornozeleira eletrônica que quebrou quando fugiu para a Argentina
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Cacique Serere ao participar de atos em defesa do Bolsonaro (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O cacique José Acácio Serere Xavante, apontado como pivô do ataque à sede da Polícia Federal (PF) em 12 de dezembro de 2022 em Brasília, está preso em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

A detenção ocorreu por volta das 18h30 do último domingo (22), no setor de imigrações da aduana argentina na Ponte Internacional da Fraternidade (Tancredo Neves), que une o Brasil a Puerto Iguazú.

Conhecido como cacique Serere, ele é réu numa ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), por ter participado de atos antidemocráticos após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições em outubro de 2022.

Cacique Serere foi preso há dois anos, mas recebeu o benefício de usar tornozeleira eletrônica, equipamento que ele quebrou aproximadamente seis meses, quando fugiu para a Argentina.

Contra ele havia um mandado de prisão em aberto no Brasil. A audiência de custódia deve ocorrer ainda hoje em Foz do Iguaçu.

Fronteira

Em nota, a PF informa que Sererere foi localizado na região de fronteira com a Argentina. A informação é que a detenção ocorreu no setor de imigração de Puerto Iguazú.

A defesa do cacique informa que a prisão foi ilegal, uma vez que ele estaria em solo argentino e não havia uma ordem de prisão feita pela Justiça do país vizinho. Mesmo assim, ele foi levado para Foz do Iguaçu, no Brasil.

Como ele possui um pedido de refúgio, sob a análise da Comissão Nacional para os Refugiados da Argentina (Conter) no país vizinho, não teria ordem de extradição do STF local.

Ao UOL, o advogado informou que vai pedir ao STF a transferência de Serere para Aragarças (GO), onde ele se apresentava toda segunda-feira antes de fugir para a Argentina.

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