Em Itaipu, ministro Sérgio Moro apresenta projeto de integração de forças policiais da fronteira

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A inauguração do centro integrado será no dia 13 de dezembro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou, no final da tarde desta quarta-feira (6), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o projeto de implantação do Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF), que será instalado nesse mesmo local, dentro da usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu. A inauguração está prevista para o próximo dia 13 de dezembro.

A apresentação foi feita para os participantes da 50ª Reunião de Ministros da Justiça e 44ª Reunião de Ministros do Interior e Segurança do Mercosul e Estados Associados, que acontece na Itaipu nesta quarta e quinta-feira, 7. Técnicos dos ministérios já participam de reuniões preparatórios desde a última segunda-feira, 4.

A reunião ocorre durante a presidência temporária do Brasil no bloco regional. Durante a tarde, Moro e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, receberam as principais autoridades participantes do encontro e realizaram uma visita técnica às instalações da usina.

O ministro agradeceu à Itaipu pela parceria na realização do evento e na concretização do CIOF. “Não teria melhor lugar para realizar esse encontro. Esta é uma das fronteiras mais emblemáticas do Brasil e é um lugar em que a integração em termos de segurança pública sempre funcionou muito bem. Daí a escolha do local para abrigar esse centro integrado”.

Durante as boas-vindas, o general Silva e Luna destacou a importância estratégica de Itaipu para o Brasil e o Paraguai e ressaltou que a segurança é um tema de suma importância para a empresa. “É um assunto que nos aproxima”, assegurou o diretor-geral brasileiro.

O Centro
A proposta do Centro, inspirado no modelo norte-americano conhecido como Fusion Center, é integrar dados e informações das diversas forças de segurança e inteligência que atuam na região de fronteira, tanto da esfera federal como estadual. O objetivo é promover, diuturnamente, a coleta, análise, produção de conhecimento e divulgação de informações relevantes, que possam contribuir com o combate ao crime.]

A atuação do órgão também inclui o compartilhamento de ferramentas de investigação e a coordenação de ações e operações de interesse coletivo dos órgãos integrantes. Para isso, são estabelecidas rotinas de operações policiais ostensivas de fronteira e de prevenção e repressão ao crime organizado.

Moro aproveitou a oportunidade de contar com a presença de representantes de forças policiais e de governos dos países vizinhos para defender uma maior integração entre os países. O ministro destacou que, durante a presidência temporária do Brasil, foi fechado um novo acordo que trata da perseguição policial nas áreas de fronteira.

“Esse acordo deixa claro que as fronteiras não devem servir como obstáculo. Precisamos superar aquela ideia dos velhos filmes de faroeste em que a perseguição aos criminosos se encerrava na fronteira, no caso entre o México e os Estados Unidos, normalmente após a travessia de um rio. Agora vamos ter um instrumento, que ainda precisa da aprovação dos parlamentos, mas que é um passo importante para que a fronteira não seja mais um muro de impunidade para os criminosos”, disse.

E também defendeu uma maior integração no combate aos crimes cibernéticos. “Essa é uma preocupação não apenas dos países da região, mas de todo o mundo. É um tipo de crime que com muita facilidade transcende as fronteiras e em que podemos aprofundar nossa cooperação”, concluiu.

Participaram do encontro a vice-ministra de Justiça da Argentina, Maria Fernanda Rodríguez, ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, ministro da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Arnaldo Euclides Benítez, a vice-ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Perez, a representante da ministra do Interior da Argentina, Mariana Agnolin, a Representante do Ministro do Interior do Uruguai, Alejandra Alvares, o representante do ministro do Interior da Bolívia, Nelson Rosso, o representante do ministro da Justiça da Bolívia, Rimac Brisa Gambarte, e o representante do ministro da Segurança Pública da Guiana, Paul Williams.

Foto: Kiko Sierich

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