O deputado estadual Requião Filho cobrou explicações do Governo do Paraná pelo atraso na entrega de 945 mil kits escolares aos alunos da rede pública estadual. O material deveria estar disponível até o início do ano letivo, no dia 05 de fevereiro, mas pais, professores e diretores alegam que as escolas ainda não receberam o kit.
Em outubro de 2024, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) divulgou um investimento de R$43 milhões para a distribuição dos kits escolares. Desde então, o governador tem feito publicidade em rádios e TVs anunciando a entrega dos materiais.
Requião Filho explica que denúncias e manifestações nas redes sociais mostram os estudantes sendo orientados a reutilizar cadernos e materiais do ano anterior. “Pais e alunos da rede pública foram pegos de surpresa ao descobrirem que os kits não chegaram. Como os estudantes vão iniciar as atividades em sala de aula sem caderno, caneta, lápis e borracha?”, detalha o deputado.
Pagamento antecipado
Dados do Portal de Transparência do Governo revelam que já foram emitidas notas de pagamento no valor superior a R$13,8 milhões para a empresa Brink Mobil Equipamentos Educacionais Ltda., indicando que o pagamento pelos kits já foi realizado. “Queremos entender se a empresa responsável pelos materiais não fez a entrega para a Seed ou se a Seed está com problemas logísticos de distribuição dos kits”, comenta.
A partir disso, Requião Filho protocolou um requerimento à Secretaria de Educação e ao Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) solicitando um cronograma detalhado da entrega dos kits e um demonstrativo financeiro do contrato. O parlamentar também quer entender se o pagamento antes da distribuição dos materiais segue recomendações do Tribunal de Contas do Estado, manuais de contabilidade e despesa pública.
“Este governo prometeu eficiência na gestão, mas não consegue nem garantir a entrega efetiva de materiais básicos para os estudantes. O que vejo é propaganda bonita, mas uma realidade de descaso com a educação pública. Não vamos aceitar que pais e estudantes fiquem sem respostas”, finaliza Requião Filho.
