Aos 79 anos, Zé Dirceu faz defesa incondicional da democracia e unidade no apoio ao governo Lula

Zé Dirceu fez uma defesa enfática do governo do presidente Lula e disse que para avaliá-lo é necessário analisar a conjuntura internacional e a atual situação política do país
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Foto: Divulgação

O ex-ministro José Dirceu (PT) comemorou seus 79 anos nesta terça-feira, 11, em Brasília, e defendeu o apoio incondicional das forças políticas à democracia e dos partidos da centro-esquerda (PT, PV, PCdoB, PDT, PSB, Psol e Rede) ao governo do presidente Lula frente ao avanço da extrema-direita no mundo inteiro.

“Esta comemoração dos meus 60 anos de luta é homenagem para todos que estão aqui”, disse Zé Dirceu a um grupo de 500 pessoas, a maioria políticos de vários matizes.

“Somos herdeiros das lutas do povo brasileiro e temos a responsabilidade histórica sobre o momento que vivemos no mundo. É um momento que os tambores da guerra estão batendo como nas décadas de 20 e 30. O fascismo e a extrema direita vão tomando os governos de vários países e a soberania, a democracia e o estado de bem-estar social estão ameaçados”, completou.

Na sua fala, o ex-presidente do PT por sete anos ouviu o coro que o acompanha em várias plenárias petistas, encontros e manifestações políticas pelo país. “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro” – frase que exalta toda a trajetória do ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula (2003-2005).

Pai do Zeca

“Este é o meu pai, cresci com ele participando das reuniões do PT desde a sua fundação até os momentos de lutas em todos os sentidos, das alegrias, das emoções e dos momentos dramáticos”, disse o deputado Zeca Dirceu (PT), eleito por quatro mandatos consecutivos na Câmara Federal e por dois governos na prefeitura de Cruzeiro do Oeste.

“Em Cruzeiro do Oeste e região, eu sou apenas o pai do Zeca”, disse Zé Dirceu que viveu clandestino por 10 anos na cidade do noroeste do Paraná durante a ditadura militar.

Zeca Dirceu, candidato a presidente do PT do Paraná, tem no pai a maior referência de luta e de vida. “Fora o presidente Lula que é o nosso Pelé, não conheço outro quadro ou liderança política com o preparo, vontade de trabalho e participação na vida pública como ele. Hoje é o maior catalisador da militância petista e do campo progressista do país”, apontou o filho do ex-ministro.

Defesa de Lula

Zé Dirceu fez uma defesa enfática do governo do presidente Lula e disse que para avaliá-lo é necessário analisar a conjuntura internacional e a atual situação política do país. “Estamos falando de um governo sitiado por uma conjuntura internacional que nos impõe uma aliança política entre todos aqueles que defendem a soberania e a democracia e o estado de bem-estar social. Não tenhamos ilusões com relação às intenções e os objetivos do bolsonarismo”, reiterou.

“Em primeiro lugar, apoiar o governo do presidente Lula. Até porque se olharmos a agenda do governo nesses dois anos e neste ano, é uma agenda que sustenta o estado bem estar social e mais do que isso conseguiu um crescimento econômico, da renda e do emprego e manter o Brasil em democracia”, afirmou.

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Unidade

O ex-ministro afirmou ainda que nada é mais importante em 2026 do que derrotar o bolsonarismo. “Sabemos que o Brasil precisa de reformas. Mas quando falamos que o Brasil precisa de reforma, nós precisamos de maioria parlamentar. Então talvez a tarefa tão ou mais importante de governar é os nossos partidos começarem a buscar a unidade entre eles”.

“Não é apenas a Federação entre o PT, PCdoB e PV. Precisamos do Psol, Rede, PDT e do PSB. Nós precisamos estar todos juntos. E precisamos de todos aqueles que no Brasil, defende a democracia, a soberania do estado de legislação, mesmo os partidos de direita”, ponderou.

Eleições de 2026

A soberania nacional, segundo Zé Dirceu, está ameaçada por brasileiros e na aliança com bolsonarismo que vão aos EUA para pregar a traição e a intervenção norte-americana nos assuntos internos do País. “Agora, de novo, começam a alimentar uma tentativa de trazer os EUA e o seu governo para a disputa política no Brasil e para as eleições de 26”, avaliou.

“Hoje não existe mais eleição nacional. Vou repetir: hoje não existe mais eleição nacional. O Elon Musk vai à Grã-Bretanha e disse que vai derrubar o primeiro-ministro, vai à Alemanha e prega o apoio ao partido extrema-direita e no Brasil, não podemos permitir isso”, disse o ex-ministro.

“Por isso ainda é necessário que tenhamos primeiro essa tarefa de unir os nossos partidos, segundo sustentar o governo e terceiro preparar o Brasil que precisa mudar o seu sistema político institucional “, completou.

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