As primeiras chuvas do outono já trouxeram um efeito colateral preocupante para Foz do Iguaçu: o avanço da dengue. Segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, o município já contabiliza 527 casos confirmados da doença e 1.533 suspeitos.
O número chama atenção quando comparado a outras cidades do Paraná. Em Cascavel, que tem cerca de 80 mil habitantes a mais, foram registrados 140 casos confirmados no mesmo período. Já Curitiba, com uma população próxima dos dois milhões de moradores, somou 816 casos. Em termos proporcionais, Foz do Iguaçu lidera o crescimento de casos entre os três municípios.
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Embora o cenário atual esteja longe dos números registrados no ano passado, o aumento gradual nas notificações acende um alerta para as autoridades sanitárias. A orientação é reforçar os cuidados preventivos e as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
A população também tem papel fundamental nesse enfrentamento. A eliminação de focos do mosquito em casa deve ser uma prática diária. Além disso, a vacinação contra a dengue segue como estratégia importante. Destinada a crianças de 10 a 14 anos, a cobertura vacinal ainda está aquém do ideal: apenas 58% desse público recebeu a primeira dose.
Em todo o Paraná, o novo ano epidemiológico de 2025 já contabiliza 147.531 notificações, com 42.802 casos confirmados e 33 mortes provocadas pela dengue. Nos dados mais recentes, foram registrados 5.767 novos diagnósticos e dois óbitos — uma mulher de 65 anos, de Apucarana, sem comorbidades, e um homem de 75 anos, de Toledo, com comorbidades.
Ao todo, 395 dos 399 municípios paranaenses já apresentaram notificações da doença, sendo que 352 têm casos confirmados. A situação reforça a necessidade de vigilância constante e colaboração coletiva no combate ao mosquito.
