O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Jorge Guaranho, condenado pelo assassinato de Marcelo Arruda em um crime de motivação política. Com a decisão, Guaranho permanecerá preso no Complexo Médico Penal, onde cumpre pena de 20 anos de reclusão.
O caso ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Marcelo Arruda, então tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, comemorava seus 50 anos em uma festa com tema alusivo ao partido e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato à reeleição.
Na ocasião, Jorge Guaranho, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estava em uma confraternização nas proximidades e, após ser informado sobre a festa por um amigo com acesso às câmeras de segurança do local, decidiu ir até lá.
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Guaranho compareceu ao local acompanhado da esposa e do filho pequeno, com o objetivo de provocar o aniversariante e os convidados. Após uma discussão, deixou o local afirmando que retornaria para matar “todos” que estavam na festa.
Cerca de 15 minutos depois, voltou armado e sozinho, atirando contra Arruda, que foi morto no local. As imagens de câmeras de segurança registraram o crime, que teve como motivação a intolerância à preferência política da vítima.
Três anos após o homicídio, o caso segue como um marco dos episódios de violência política registrados no Brasil. Jorge Guaranho foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e com uso de recurso que gerou perigo comum.
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