As autoridades de saúde do Alto Paraná estão em estado de alerta após a reintrodução do sarampo no Paraguai, depois de 25 anos sem registros confirmados. O diretor da Décima Região Sanitária, doutor Federico Schrodel, informou que o primeiro caso positivo foi identificado em uma criança de 5 anos, oriunda do departamento de San Pedro. Até o momento, já foram contabilizados 16 casos em todo o país.
No Alto Paraná, região considerada vulnerável pela grande densidade populacional e intenso fluxo de pessoas, foram registradas 30 notificações de casos suspeitos. Todas as amostras analisadas no Laboratório Central deram resultado negativo para o vírus, mas a vigilância epidemiológica permanece ativa e três pessoas seguem em observação, aguardando resultados laboratoriais.
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Diante da situação, foi lançada uma campanha intensiva de vacinação contra sarampo, rubéola e caxumba (tríplice viral) em Ciudad del Este. As equipes de saúde percorrem os bairros em turnos da manhã e da tarde. Até o dia anterior, a cobertura havia atingido 41% da população-alvo com a primeira dose e 43,5% com a segunda dose. “Temos mais dois dias de intensificação e estaremos presentes nos bairros Km 8 e Km 10”, afirmou Schrodel, que também anunciou para esta sexta-feira uma coletiva de imprensa com dados atualizados da campanha.
O reforço vacinal se torna ainda mais urgente com a realização de dois grandes eventos internacionais na região: o Campeonato Mundial de Balões Aerostáticos, que reunirá delegações de 50 países, e a feira Paraguai-Brasil, que deve receber cerca de 5 mil visitantes, a maioria hospedada em hotéis locais. “Vamos mobilizar as brigadas do PAI e trabalhar em conjunto com a Vigilância Sanitária para monitorar os alojamentos. Qualquer paciente com sintomas será atendido com nossas clínicas móveis”, destacou o diretor regional.
No cenário regional, Schrodel informou que não há registros de sarampo no estado do Paraná, no Brasil, embora o vírus tenha sido confirmado em São Paulo. Essa condição, somada ao grande fluxo de visitantes, mantém a fronteira em alerta máximo, exigindo reforço vacinal e vigilância constante em um contexto de alta mobilidade internacional.
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