A Polícia Federal executou, nesta terça-feira (02/09), o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão, ambos expedidos pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu/PR, no âmbito de inquérito que apura a prática dos crimes tipificados nos artigos 241, 241-A e 241-B, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
A medida teve como alvo um cidadão estrangeiro que seria o responsável por armazenar, disponibilizar e comercializar vídeos com cenas de abuso sexual infantojuvenil por meio de sites hospedados na deep web.
O investigado, que passou a residir em Foz do Iguaçu, utilizava inúmeras carteiras de criptoativos para movimentar os recursos decorrentes destas vendas. Em razão disso, também foi determinado o bloqueio de ativos financeiros do investigado.
A investigação contou com medidas de cooperação por meio de forças policiais estrangeiras, notadamente da americana Homeland Security Investigations – HIS (Agência de Investigação de Segurança Interna) e da alemã Bayerisches Landeskriminalamt – BLKA (Departamento de Polícia Criminal do Estado da Baviera), as quais contribuíram para o resultado alcançado.
Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados arquivos com registros de abuso infantojuvenil em aparelhos pertencentes ao alvo da operação. Com isso, o investigado foi autuado em flagrante delito, que foi lavrado na Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
O nome da operação (CAPACOCHA) está relacionado a um ritual que era praticado no império Inca, voltado ao sacrifício de crianças realizado em ocasiões especiais. O nome da operação faz referência à nacionalidade do investigado (peruana) e alusão à exposição de crianças em situações degradantes.
A operação reforça o compromisso das instituições de proteção dos direitos da criança e do adolescente e de combate firme a crimes de exploração sexual infantojuvenil.
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