Elas contam com medida protetiva e apoio da Patrulha Maria da Penha
O número de mulheres que já sofreram violência doméstica e que hoje precisam de medidas protetivas das autoridades policiais em Foz do Iguaçu é alarmante. Segundo estatísticas da Patrulha Maria da Penha, que é responsável pelo acompanhamento dos casos, são mais de 800 vítimas nesta situação no município, anotou Ronildo Pimentel, no GDia.
“Esse números sofrem alterações diariamente, seja por mulheres que retiram a medida ou que conseguem novas medidas. Mas, no momento, são cerca de 800 que estão em acompanhamento periódico, de visita e monitoramento das equipes”, explicou a coordenadora da patrulha em Foz, Iraci Pereira Conceição.
Em Foz existem cinco equipes que atuam na patrulha. Além do trabalho de campo, há ainda o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, que tem uma equipe composta por psicóloga, assistente social e advogada que prestam atendimentos e orientações referentes aos direitos da mulher.
A unidade completou recentemente dez anos de atuação e integra uma campanha mundial pelo fim da violência contra as mulheres. A iniciativa é desenvolvida pela Organização das Nações Unidades (ONU) no mundo todo desde 1991.
Dentro do cronograma, 29 ações foram definidas, entre palestras, capacitações, pedaladas, panfletagens, blitz, roda de conversa nos bares, exposições de arte, cine debate, entre outros. As ações ocorrem sempre no final de novembro e início de dezembro, todos os anos.
Feminicídios
Infelizmente muitos casos de violência contra a mulher terminam da pior forma.
As ocorrências de feminicídio (homicídio cometido contra mulheres motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero) registradas no Paraná em 2019 cresceram 82,25% em relação ao ano anterior.
Em 2018, haviam sido registrados 62 casos, número que saltou para 113 em 2019.