Pequenos cuidados podem evitar a incidência de viroses nesse verão

A atenção deve ser redobrada com os idosos, crianças, gestantes e com pessoas com baixa imunidade

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Foto: Arquivo/ Diário de Foz

Com a elevação das temperaturas e a proximidade da temporada de verão, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) emitiu um alerta à população sobre o aumento da incidência de viroses e os cuidados necessários para evitar complicações. A principal preocupação é com as Doenças Diarreicas Agudas (DDAs), que podem variar de quadros leves a graves, especialmente entre idosos, crianças, gestantes e pessoas com baixa imunidade.

As DDAs são transmitidas, principalmente, pela via fecal-oral, por meio do consumo de água ou alimentos contaminados, além do contato com objetos e entre pessoas. Segundo dados da Sesa, o Paraná registrou 27 surtos da doença em janeiro de 2025 — número significativamente maior do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram cinco surtos. Um surto é caracterizado quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas após consumir a mesma água ou alimento contaminado, dentro de um mesmo espaço geográfico.

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Além disso, as Unidades Sentinelas de DDA registraram 12.198 casos na primeira semana epidemiológica de 2025, um aumento em relação ao mesmo intervalo do ano passado, que contabilizou 9.067 ocorrências. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou que, embora o Estado esteja preparado para atuar diante de surtos, a prevenção por parte da população é fundamental.

Dados do Laboratório Central do Estado (Lacen) apontam que, entre janeiro e fevereiro deste ano, o norovírus — altamente contagioso e associado a quadros gastrointestinais — respondeu por 37% dos casos confirmados no Paraná.

Cuidados e prevenção

As DDAs são caracterizadas por três ou mais episódios de diarreia em 24 horas, podendo vir acompanhadas de náusea, vômito e dor abdominal. Os sintomas costumam durar entre 3 e 14 dias. Em caso de adoecimento, é fundamental aumentar a ingestão de líquidos para evitar desidratação e manter uma alimentação leve. A Sesa reforça que a automedicação deve ser evitada, sendo recomendável procurar uma unidade de saúde caso os sintomas persistam.

Entre as medidas de prevenção, a Sesa destaca:

  • Lavar as mãos antes e depois de usar o banheiro, trocar fraldas, preparar alimentos, amamentar ou tocar em animais;
  • Lavar e desinfetar superfícies, utensílios e equipamentos utilizados na preparação de alimentos;
  • Proteger os alimentos e áreas da cozinha contra insetos e animais, mantendo-os em recipientes fechados;
  • Armazenar água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita;
  • Evitar o uso de água de poços contaminados, rios ou riachos;
  • Manter o lixo ensacado e tampado; quando não houver coleta, enterrá-lo de forma adequada;
  • Utilizar sempre o vaso sanitário ou, quando não possível, enterrar as fezes longe de cursos d’água;
  • Manter o aleitamento materno, que aumenta a resistência das crianças e ajuda a prevenir diarreias.

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