A equipe de policiais militares que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu foi afastada. A decisão ocorre três meses após a prisão do capitão da PM Elias Wanderley Marinho, acusado de tentativa de extorsão.
Capitão do GAECO de Foz é preso recebendo propina
O afastamento dos policiais foi confirmado pelo promotor de Justiça, Tiago Lisboa Mendonça, em entrevista exclusiva ao jornal Tribuna Popular. O capitão Marinho exercia função de chefia no núcleo de Foz do Iguaçu e sua prisão em flagrante foi considerada um escândalo.
O afastamento da equipe também é uma resposta ao envolvimento de policiais em casos de corrupção investigados na fronteira, que teriam colocado em cheque a credibilidade da instituição, cuja finalidade é justamente combater o crime organizado.
Nem todos os policiais do núcleo de Foz estavam envolvidos com atividades ilícitas, mas o afastamento da equipe servirá para recuperar a credibilidade do órgão de Foz do Iguaçu.
Em dezembro passado, o mesmo GAECO prendeu PMs suspeitos de diversos crimes. Foram cumpridos dez mandados contra policiais militares e três contra não integrantes da corporação que atuavam como operador financeiro, receptador e informante do grupo suspeito da prática dos crimes de peculato, corrupção passiva, falsidade ideológica, prevaricação e lavagem de ativos.
A operação foi realizada pelo próprio Gaeco e contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar. Os dez policiais acusados prestavam serviço em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Cascavel.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em casas pertencentes aos policiais e a outros envolvidos e também na sede do Destacamento da Polícia Militar de Santa Terezinha de Itaipu.
As prisões preventivas contra os policiais militares, assim como as buscas, foram decretadas pela Vara da Auditoria Militar. As demais prisões foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.