Integrantes do Programa Oeste em Desenvolvimento defendem ações governamentais para manter a produção e a circulação de produtos e insumos essenciais à população
Instituições, cooperativas, agroindústrias e produtores rurais que fazem parte do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) estão mobilizados para garantir a oferta de alimentos durante a pandemia de coronavírus. As demandas são apresentadas aos governos estadual e federal solicitando medidas para manter a população suprida.
O objetivo é resguardar a cadeia ligada à alimentação de eventuais efeitos provocados por medidas emergenciais adotadas nas cidades. São produtores do campo, indústrias de transformação e sistema de transporte de cargas e mercadorias que precisam seguir trabalhando e operando para que não ocorra escassez ou falta de alimentos.
As reivindicações e sugestões do setor produtivo da Região Oeste são encaminhadas ao Governo do Paraná e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Queremos que a ação governamental garanta a geração e livre circulação de alimentos, alinhadas às medidas preventivas ao novo coronavírus que foram implantadas pelo setor produtivo”, sublinha Danilo Vendruscolo, presidente do POD.
Vice-presidente do POD, Elias Zydek lembra que cooperativas, agroindústrias e produtores rurais já adotam medidas de sanidade e segurança da qualidade dos alimentos em suas atividades regulares, fora de períodos de crise. No momento atual, somam-se aos controles sanitários a criação de comitês e a implantação de procedimentos de acompanhamento e prevenção da covid-19.
“Em todos os contatos com autoridades estaduais e federais deixamos muito claro que a cadeia de fornecimento de alimentos deve ser protegida pelos governos”, enfatiza. “Não se trata de aspectos econômicos e financeiros, mas uma questão de sobrevivência das pessoas”, pondera Elias Zydek, que também é diretor-executivo da Frimesa.
Aves, suínos e peixes
Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli reforça a preocupação com frigoríficos de aves, suínos e peixes das cooperativas da região. “São atividades essenciais para os produtores rurais e para a sociedade na produção e no abastecimento de alimentos”, frisa.
“Supermercados estão trabalhando e precisam continuar sendo abastecidos. O campo e a cidade não suportam qualquer paralisação. É por isso que nossos governos devem garantir medidas capazes de assegurar a fluidez da produção e oferta de alimentos”, pontua Dilvo Grolli.
No Brasil
Nessa segunda-feira, 23, o Ministério da Infraestrutura enfatizou o pleito do setor produtivo em videoconferência entre o ministro Tarcísio Gomes de Freitas e os governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O órgão irá realizar ações conjuntas com governadores e autoridades estaduais para evitar que iniciativas locais prejudiquem o sistema de abastecimento de alimentos e insumos básicos.
A adoção de mecanismos para a produção e livre distribuição de alimentos também é debatida por instituições nacionais que representam o setor industrial. Esses entendimentos estão sendo conduzidos junto ao governo federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal e se baseiam em medidas já adotadas por países como Estados Unidos, Alemanha e China, também submetidos ao coronavírus.
Assessoria: (Programa Oeste em Desenvolvimento)