Vigilância Epidemiológica faz um retrato da situação da dengue em Foz do Iguaçu

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Foz registrou 3 óbitos e 4.334 confirmações, mas grande parte é do ano passado. Nas últimas três semanas, número vem reduzindo drasticamente

O último boletim da dengue divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) registrou 19.287 casos notificados, 4.334 confirmações e três óbitos causados pela doença. O balanço soma o total de casos do ano epidemiológico (2019/2020) que teve início em agosto do ano passado até hoje (31).

De acordo com especialistas da Vigilância Epidemiológica, embora os boletins apresentem aumento em cada publicação, nas últimas três semanas houve redução gradativa das notificações e confirmações da dengue na cidade. Os gráficos epidemiológicos das últimas semanas apontam que o pico da doença aconteceu na semana 10 (início de março) com 2.506 notificações e foi sucessivamente registrando queda até chegar a 1.659 nesta semana.

“Ao olharmos o número geral dos boletins, a impressão é a de que estamos com aumento de notificações da dengue agora, mas é o contrário, estamos reduzindo, isso ocorre porque grande parte das notificações feitas no ano passado foram confirmadas por análise clínica neste ano, o que reflete no aumento no número geral do boletim atual”, explicou a enfermeira Mara Ripoli.

De acordo com Mara, quando um município é classificado como área de epidemia, somente os casos com mais sinais de alarme e gravidade são confirmados através de exames. Os pacientes registrados como dengue clássica (com sintomas leves) recebem a confirmação por critério clínico.
Muitos casos do ano passado estão sendo encerrados agora.

“Tendo em vista que em período de epidemia o Laboratório Central do Estado (LACEN) só realiza exames de diagnóstico para dengue nos casos graves, os demais pacientes notificados com sintomas leves que não fizeram os exames serão a partir de agora confirmados por critério clinico epidemiológico”, explicou.

Os três óbitos ocorreram durante o pico da doença e a fatalidade atingiu idosos com comorbidades. Por isso, a SMSA reforça a importância de sensibilizar a comunidade para o controle da doença, pois ela acomete com maior gravidade e leva a óbito principalmente os grupos de risco.

Ações
Neste período em que o país atravessa pela pandemia do Coronavírus associada à epidemia da dengue, as equipes do CCZ continuam nas ruas para fazer o controle e o combate ao Aedes Aegypti.

“Nosso trabalho contra a dengue continua sem tréguas, e principalmente nas regiões com maior incidência do mosquito”, expressou o Coordenador do Comitê da Dengue, Jean Rios. Entre as regiões mais afetadas estão o Morumbi, Lancaster, Vila C Nova, Três Lagoas, Portal da Foz, Porto Meira e Jardim São Paulo.

As ações incluem vistorias às residências, sem ingresso ao interior das casas, seguindo as recomendações para restrição de prevenção ao Coronavírus, autuações em imóveis, comércio e terrenos, limpeza em bota-foras, bocas de lobo e galerias, entre outras. Ao visitar as residências, os agentes também informam aos moradores as linhas telefônicas do Plantão Coronavírus.

O último LIRAa – Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti –  realizado entre os dias 09 e 12 de março em 4.839 imóveis – apontou o o IIP (Índice de Infestação Predial) de 1.32%, o menor já registrado nesta época quando comparado aos anos anteriores: 3,98% em março de 2017; 4,89% em 2018 e 5,41% em 2019. Em janeiro deste ano, o índice chegou a 3.21%.

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