A companhia aérea Latam anunciou no final de semana que desistiu da operação de voos comerciais no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, com a última partida na manhã desta segunda-feira (13), com destino à Guarulhos em São Paulo. A informação foi confirmada pela empresa, em comunicado ao superintendente do terminal, Joacir Araújo e deve durar até o final do mês, mas sem previsão de retorno.
A suspensão do voo da Latam, que vinha operando com apenas três voos semanais (as companhias aéreas Gol e Azul suspenderam as operações em março), aumentou o isolamento de Foz do Iguaçu. Na primeira metade do mês passado, com o avanço do novo Coronavírus, agente da infecção Covid-19, a Argentina e o Paraguai determinaram o fechamento das pontes Tancredo Neves e da Amizade, respectivamente. A Rodoviária também está fechada no período.
A ocupação dos três voos semanais da Latam estava em 15% da capacidade de cada aeronave, informou o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu, Gilmar Piolla. “Então, para evitar maior prejuízo, a companhia resolveu cortar. Como o turismo está parado, uma ocupação dessas não paga nem os custos operacionais do voo”, disse.
“A partir de maio, começarão a voltar”, disse Piolla (foto acima). De acordo com o secretário, agora é correr contra o tempo para recuperar as perdas o mais breve possível. “Já estamos trabalhando na malha do segundo semestre. Os voos internacionais só devem voltar a partir de setembro”, afirmou.
“Alívio”
Na avaliação de Piolla, a suspensão dos voos no momento atual, não pode ser vista como negativa. “Agora, no meio da pandemia, é até um alívio não termos voo. São Paulo está no epicentro do contágio do vírus no Brasil”, ressaltou.
E completou Piolla: “Fronteiras fechadas, aeroporto e rodoviária fechados, tudo isso ajuda a conter a disseminação do vírus e vai nos ajudar a sair mais rápido da crise depois”. De todos os acessos ao Destino Iguaçu, apenas a BR-277 continua aberto. No entanto, de acordo com a Ecocataratas, concessionária do trecho até Foz do Iguaçu, o fluxo de veículos caiu mais de 51% desde início da pandemia.
Ronildo Pimentel
Por GDia