Cerca de 30% dos donos de bares e restaurantes vão demitir todos os funcionários, afirma a Abrabar

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Os números são de pesquisa feita com 117 proprietários de estabelecimentos do setor entre os dias 5 e 11 de abril

Empresários do setor de gastronomia do Paraná estão demitindo funcionários e outros fechando as portas, por conta da crise provocada pela pandemia de coronavírus no país.

Levantamento realizado em pesquisa feita pela Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), com 117 proprietários de estabelecimentos do setor entre os dias 5 e 11 de abril, aponta que 29,7% dos entrevistados vão demitir todos os colaboradores. As informações são da rádio Banda B.

Ainda sobre as demissões, 35,6% responderam que vão demitir parcialmente e 34,7% disseram que não pretendem dispensar funcionários. Esta realidade, no entanto, poderia mudar de acordo com as medidas tomadas pelos governos municipal, estadual e federal.

Outro ponto abordado pela pesquisa mostra que apenas três em cada 10 empresários do setor tiveram acesso a alguma ajuda do governo federal e estadual, como linhas de crédito, para enfrentar os efeitos da pandemia nos negócios.

Um dos principais entraves para obtenção da ajuda do poder público seria a burocracia e a falta de atendimento das instituições bancárias, segundo Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. “Esta pesquisa só reforça a nossa percepção diante desta pandemia. Temos que nos reinventar daqui para frente e achar mecanismos que possam preservar o negócio e a saúde mental dos empresários, especialmente das centenas de colaboradores que estão com o futuro incerto”, avaliou.

A pesquisa mostra ainda que a pandemia trouxe queda aos negócios já no mês de março, quando o governo municipal e estadual recomendou o fechamento dos estabelecimentos. O levantamento revela que uma parcela dos empresários não conseguiu pagar integralmente os salários, o aluguel dos imóveis e as contas básicas de funcionamento do estabelecimento, como água, gás e luz.

42,4% não conseguiram pagar as contas básicas no mês de março, enquanto 20,3% conseguiram parcialmente e 37,3% responderam que honraram o pagamento das contas básicas.

Quase metade dos empresários (45,8%) consultados não conseguiu pagar o valor do aluguel. 8,5% disseram que parcialmente e 29,7% não tiveram recursos para quitar o valor mensal.

Prejuízo

O prejuízo estimado no mês de março foi de até R$ 50 mil para 40,7% dos entrevistados e para 35,2% dos empresários consultados o rombo foi de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Para 10,2% dos entrevistados o revés no mês de março foi de R$ 100 mil a 150 mil.

Apesar das dificuldades e de um cenário ainda incerto, a grande maioria dos empresários do setor de gastronomia do estado está otimista. 61,9% disseram que pretendem continuar com o negócio. Já 24,6% responderam que tiveram de suspender as atividades por tempo indeterminado e 11,9% que vão tentar vender trabalhando. Apenas 1,6% dos consultados na pesquisa vão fechar as portas definitivamente.

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  • Para estes comerciantes o governo não está fazendo nada. Nem um MP congelando os alugueis por x dias foi feito.
    Aluguel, conta de energia e de água não param. Muito menos o salário e encargos dos funcionários.

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