Os motoristas de caminhões de tamanho médio manifestaram ontem na área primária de Ciudad del Este exigindo que o Conselho de Defesa Nacional (Codena) para que possam circular livremente pela Ponte da Amizade.
Os caminhoneiros fecharam a passagem de caminhões de grande porte por uma hora, mas depois de uma conversa entre os motoristas, a medida foi levantada.
No total, existem cerca de 50 caminhoneiros que transportam mercadorias nesta área de fronteira (Ciudad del Este e Foz do Iguaçu)
e fazem parte daqueles que trabalham como um “escritório maior”, assim como os grandes caminhões que realizam itinerários internacionais.
Mariano Sanabria, um dos manifestantes, comentou que eles têm a permissão concedida pela Direção Nacional de Transportes (Dinatran) para realizar transporte internacional. “Temos nossa permissão por dia, trabalhamos com transportadores, o mesmo serviço que os caminhões de eixo triplo, mas não nos permitem passar. Isso vale apenas para os mais pobres, porque os outros circulam sem problemas”, afirmou.
Os caminhoneiros paraguaios também questionam que a proibição afeta apenas compatriotas, já que veículos de médio porte do Brasil entram e saem do país sem impedimentos.
Ricardo Ruiz Bauman, Secretário Geral da União Internacional dos Transportes, afirmou que são os militares que os impedem de passar, apesar de possuir toda a documentação para operar como transporte internacional. “Um comandante da Marinha afirma que não podemos trabalhar sob uma ordem superior. Já estamos conversando com as autoridades aduaneiras e militares. Eles dizem que somos contrabandistas. Se eles não são punidos, não precisam punir tudo”, ele disse.
Enquanto isso, da Marinha do Paraguai, informaram que as disposições sanitárias autorizam apenas a circulação de caminhões de grande porte, motivo pelo qual são proibidos de passar.
Enquanto isso, a sobrecarga de caminhões grandes que esperam atravessar para o lado brasileiro continua, então uma longa fila continua entre a rua PY02, da área principal.
Por ABC Color