Tacla Duran quer resgatar denúncias infundadas para atacar Sérgio Moro, diz advogado Carlos Zucolotto

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O advogado curitibano Carlos Zucolotto acabou no olho do furacão após a Procuradoria-Geral da República desarquivar uma negociação de delação premiada do advogado foragido Rodrigo Tacla Duran.

Duran é apontado como operador financeiro da Odebrecht e disse, em 2015, ter pago US$ 5 milhões a Zucolotto, em troca de obter condições favoráveis na negociação de sua delação com a Lava Jato, na época conduzida pelo então juiz Sérgio Moro.

Zucolotto é amigo pessoal de Moro, quem seria de fato o alvo da manobra encabeçada por Duran, devido as denúncias que fez contra o presidente Jair Bolsonaro, após sua saída do governo.

As acusações de Duran nunca foram comprovadas. “O objetivo, ao desarquivar esta delação de 2015, é nítido, atacar o ex-ministro Sérgio Moro”, disse Zucolotto, em entrevista exclusiva ao Cabeza News.

“Estão inventando elocubrações de fatos jurídicos para atacar ele, através dos amigos ou inventando qualquer ligação dele com esse foragido da Justiça”.

As acusações de Duran contra Zucolloto, foram rejeitadas pela Lava Jato, em 2016, e pela própria PGR, em 2018, quando a titular era Raquel Dodge.

“Naquela época já não existia nada e agora não trouxe nada, não existe porque não ocorreu nada daquilo que ele fala, tudo invenção”, disse o advogado curitibano.

“Veja quantos condenados tem da Lava Jato”, ressaltou ele, ao mencionar que só o caso envolvendo Duran foi desarquivado.

“Ele disse que existia essa forma de atuar aqui em Curitiba, através de mim, de outro advogado, mas só ele quem alega isso, não existe alegação de nenhum outro condenado, nenhum outro denunciado e só ele que inventa isso”, frisou.

Abaixo a íntegra da entrevista:

Cabeza – Na sua avaliação, qual a motivação para retomar uma delação já arquivada em 2018 pela própria PGR?
Carlos Zucolotto –
O objetivo do Tacla Duran, ao desarquivar esta delação de 2015, é nítido, atacar o ex-ministro Sérgio Moro. Estão inventando elocubrações de fatos jurídicos sobre o assunto para atacar ele de alguma forma, através dos amigos ou inventando qualquer ligação dele com esse foragido da Justiça, esse Tacla Duran. Que não tem coragem de vir ao Brasil para confirmar suas alegações, nem entrega qualquer prova contundente a respeito.

Mas, o andamento do processo não deixou algo que pode ter sido notado agora?
O arquivamento feito pela PGR em 2018 deixa bem claro todos os fundamentos, comprovado porque deve ser arquivado o processo. Naquela época já não existia nada e agora não trouxe nada, não existe porque não ocorreu nada daquilo que ele fala, tudo invenção. Veja quantos condenados tem da Lava Jato.

Será que não existem alguns indícios de um braço em Curitiba?
Ele (Duran) disse que existia essa forma de atuar aqui em Curitiba, através de mim, de outro advogado, mas só ele quem alega isso, não existe alegação de nenhum outro condenado, nenhum outro denunciado e só ele que inventa isso.

Como se estabeleceu seu relacionamento com Tacla Duran?
Nunca recebi nenhum valor dessa pessoa, não o conhecia. Na época, em 2017, quando uma repórter me ligou indagando sobre isto, precisei ir na internet para visualizar esta pessoa, que nunca vi. Não atuo na Justiça Criminal, nunca atuei. Tenho escritório de advocacia empresarial, com ações no Cível, Justiça do Trabalho, Federal, no criminal nunca atuei.

Mas algum contato, de alguma forma, existiu?
No início de 2015, foi feito um contrato para atender Flávia Duran, uma advogada que precisava de cópias, acompanhamentos, ações de execução fiscal, nada criminal. Então, para tirar cópias foi cobrado uma quantia de R$ 250,00 e ela precisava de um advogado para comparecer numa audiência inicial, apenas para ir lá. Inclusive destaquei um advogado junior do escritório, pelo qual cobrei R$ 100,00, isso em janeiro de 2015. Nessa época, ninguém ninguém sabia quem era Tacla Duran.

Como esta advogada chegou ao seu escritório afinal?
Eu nem sabia quem era ela, uma colega, advogada, mandou e-mail, pediu isso. Eu peguei, fiz orçamento e respondi ela, tirei as cópias das ações que ela queria, eram ações inclusive, salvo engano, que se tratavam da mãe dela, ações fiscais que a mãe dela, um ente dela respondia, fiz as cópias, apenas isso.

Será que não existe algo a mais, que possa ter chamado a atenção da PGR?
O que existe, inclusive com repercussão na imprensa, na época, é que o deputado (Paulo Pimenta) que alega um monte de inverdades, fala um monte de absurdos que ainda penso em representar contra ele ao meu respeito.

Pode ser mais claro?
Ele fez, nesse caso, uma entrevista, em 2017, com o Tacla Duran lá na Espanha. Estranhamente ninguém, nem a polícia encontra ele, mas o (Paulo) Pimenta, deputado, encontra ele lá. E nessa entrevista que ele fez, esclarece bem esse negócio, que ele tinha um serviço que eu fiz para o escritório da irmã dele (Tacla Duran), de cópias, de processo, mas que não tem nada a ver com o que ele alega, mas mesmo assim, ele alega que eu nunca o recebi, que eu nunca falei com ele, ele fala nessa entrevista.

Alguma coisa muda daqui para a frente?
Não. Tudo é evidente, é nítido, é notório por qualquer pessoa que querem atingir meu amigo Sérgio Moro, querem o atingir e ficam inventando dessas formas para atacá-lo. Mas isso nunca aconteceu, não tem nada de verdade, estou à disposição para qualquer esclarecimento.

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